A espera do 'carro popular', vendas estão 'paralisadas', dizem lojistas

Concessionários relatam cancelamentos nas compras enquanto consumidores esperam reduções de impostos. Maio foi o pior desde 2016 para o segmento.
Carro popular depende de uma série de condições para voltar ao mercado

Carro popular depende de uma série de condições para voltar ao mercado | Imagem: Reprodução internet

O plano para o novo "carro popular" ainda está em discussão. Enquanto não há uma definição por parte de governo, as vendas de automóveis e comerciais leves estão "paralisadas", segundo os lojistas. Os emplacamentos em maio de 2023 foram os piores para o mês desde 2016, segundo divulgou a associação da Fenabrave, nesta sexta-feira, 2 de junho.

Isso excluindo o ano de 2020, no auge da pandemia, quando as lojas estavam fechadas. Foram 151.716 unidades vendidas em maio de 2023, o que representa queda de 4,91% em relação a maio de 2022, quando o setor alcancou 174.942 veículos. Em relação a abril, houve alta de 9,65% no geral, mas a queda é de 10,4% na média diária, já que maio teve 4 dias úteis a mais. 

Em abril, as comercializações superavam as 8.420 unidades por dia, enquanto, em maio, a média ficou em 7.560 exemplares. Segundo a entidade, o mês de maio chegou a registrar mais de 300 mil unidades emplacadas durante a primeira metade da década de 2010.

Reduções de impostos

A proposta do governo federal busca reduzir os preços de carros com valores atuais de até R$ 120 mil. O desconto máximo pode chegar a 10,8%, assim, alguns veículos podem ficar na casa dos R$ 60 mil de preço final, o que tem gerado expectativa dos compradores. 

“Ainda não houve tempo para sentirmos o efeito dos cancelamentos de compras de consumidores, que estão à espera da redução de impostos sobre o preço dos carros, pois o anúncio do Governo foi feito no dia 25 de maio, portanto, a poucos dias do encerramento do mês. Como há um certo intervalo entre a data da compra do carro e seu registro Fenabrave, Andreta Jr.

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Andreta relata que tem recebido ligações de seus filiados alegando paralisação nas vendas, por conta de o consumidor estar em “compasso de espera”, pelo projeto do Governo. Para a entidade, os reflexos dessa espera ainda serão sentidos pelo mercado. 

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