A partir de R$ 30 mil: sed?Fiat Grand Siena pode ser um ótimo negócio
Rival de Chevrolet Prisma, Renault Logan e VW Voyage, vantagem est?do sed?porta-malas maior
Comente e compartilhe
O Fiat Siena é um sedã compacto derivado do Palio e surgiu em 1997 com três atualizações estéticas ainda na primeira geração, que durou até 2016. Mas antes, em 2012, a segunda geração, batizada de Grand Siena, ainda passou a conviver com a primeira e é desse modelo que vamos falar neste guia. Essa geração foi até o final de 2021, deixando o segmento para o Cronos que já convivia com este desde 2018.
VEJA TAMBÉM:
- Chevrolet Cobalt é sedã usado mais barato que Uno e com porta-malas de Haval H6
- Veja os pontos forte e fracos antes de comprar um Chevrolet Prisma usado
Concorrente do Chevrolet Cobalt, Renault Logan e VW Voyage, o Grand Siena chegou nas seguintes versões: Attractive 1.4, Attractive Tetrafuel 1.4 (com gás GNV), Essence 1.6 16V e Essence Dualogic 1.6 16V ─ esta última equipada com câmbio automatizado. A antiga versão EL (1.0 e 1.4) do Siena continuava a ser vendida, como uma opção de entrada. No Grand, como o nome denuncia, está nas dimensões maiores: 134 milímetros mais comprido, 61 mm mais largo, 53 mm mais alto e entre-eixos 137 mm maior. Já o porta-malas comporta 20 litros a mais.
Bem equipado, desde a versão mais simples já trazia dois airbags (motorista e passageiro), freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), direção hidráulica, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, faróis de neblina, volante com regulagem de altura, computador de bordo e alerta de limite de velocidade e manutenção programada. Porém se quisesse levar ar-condicionado, rodas de liga-leve de 16 polegadas e banco do motorista com regulagem de altura, teria de optar pela Essence.
Na parte mecânica, o motor de entrada era o mesmo da família Palio e Uno, o Fire 1.4 EVO flexível de 88/85 cv de potência e 12,5/12,4 kgfm de torque. Já as versões mais caras, havia o propulsor - também flex - E.torQ 1.6 16V com 117/115 cv e 16,8/16,2 kgfm, em parceria das opções de transmissão manual de cinco marchas ou automatizada, também com cinco velocidades.
A partir da linha 2017, o modelo ganhou nova grade dianteira e o acréscimo de alguns itens de série nos pacotes de cada versão, além de novo acabamento interno. Foi nesse ano que a versão Tetrafuel se despediu para sempre do mercado brasileiro. Outra novidade foi a estreia da versão flexível de quatro cilindros 1.0 com 75/73 cv e 9.9/9,5 kgfm, emprestado do Uno. Com a sua última mudança estética na linha 2020 concentrada no conjunto frontal, no ano seguinte o Grand Siena se despediu do mercado.
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
- Borrachas de vedação de porta
Vários casos envolvendo a borracha de vedação de portas foram reclamados por clientes que reclamam de constantes infiltrações por todo o interior do veículo. A solução, em alguns dos casos, segundo um dono de Grand Siena, se deu através da peça de borracha mal encaixada que precisou ser colada posteriormente.
- Câmbio
O defeito mais comum está atrelado ao vazamento do retentor do trambulador da caixa de mudanças de marchas que pode ocasionar o desgaste precoce da embreagem, conforme noticiado em vários fóruns, revistas especializadas e sites de reclamação e direito do consumidor.
- Caixa de direção
Este componente é bastante criticado quanto aos barulhos excessivos, além de vazamentos de óleo, mesmo quando o modelo era novo. Às vezes, o problema só era resolvido com a troca de buchas da caixa de direção e em outros casos, conforme relatado pelos clientes foi preciso trocar a caixa de direção completa.
- Suspensão
Há reclamações constantes de ruídos na suspensão, conforme relatos em vários sites, revistas especializadas e fóruns. Um deles afirma que teve de trocar o kit dianteiro de quatro amortecedores, quatro coxins além de trocar as molas traseiras por outras específicas, mas nada de resolver o problema.
- Recall
A Fiat anunciou alguns recalls da linha Siena a partir do ano e modelo 2014. Itens como a troca do volante, atuador de embreagem, caixa de marchas, bobina de ignição, airbags, alternador, relés, sensor de seleção de marchas, módulo do airbag e volante, retrovisores externos, batentes de portas e bombas de combustível. Na dúvida, com o número do chassi, acesse servicos.fiat.com.br/recall.html e veja se a unidade que está pretendendo comprar existe alguma pendência. O serviço de substituição dos componentes envolvidos é gratuito.
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
A primeira regra é evitar a qualquer custo os modelos equipados com GNV, sejam eles de série como a versão Tetrafuel ou instalados posteriormente. Fuja também da temida versão Dualogic, aquela do câmbio automatizado que não deu certo com nenhuma montadora por conta da ineficiência do sistema e manutenção cara.
Versões sem ar-condicionado também são mais difíceis de serem vendidas e por conta disso, menos valorizadas, naturalmente. Mesmo que você não costume usar este sistema de refrigeração, opte pelo acessório e funcione, pelo menos, por 10 minutos a cada semana com o objetivo de manter o sistema em dia.
Quanto aos motores, há vários comentários de que a versão 1.0 é muito fraca para empurrar os mais de 1.100 kg de peso bruto do sedã, além de não compensar em termos de desempenho. Dados do Inmetro revelam o consumo de apenas 7,9 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada, rodando com etanol. A 1.4 também é gastona fazendo 7,8 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada (etanol), além do desempenho não ser o suficiente.
Por isso, a saída são as variantes equipadas com o propulsor E.torQ 1.6 16V. Ela tem consumo de 7 km/l na cidade e 8,3 km/l na estrada. Tudo bem que ela consome mais, mas agrada pelo desempenho superior. No 0 a 100 km/h são feitos em 9,9 segundos e a velocidade final é de 194 km/h contra 12,5 segundos e 175 km/h da versão 1.4 e 15,8 segundos e 161 km/h da opção 1.0.
Quanto aos valores médios, com R$ 40 mil você terá à disposição os modelos 1.0, lançados a partir de 2016 na versão Attractive. Já as 1.4, lançadas logo no lançamento, em 2012, tem preços a partir de R$ 30 mil e, por fim, a 1.6 com câmbio manual, por R$ 35 mil, já acha bons representantes. Boa escolha e não se esqueça de exigir o laudo cautelar.
Siga o AUTOO nas redes: | | | |
Comente e compartilhe
Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.