A Stellantis, holding que controla diversas marcas incluindo a Peugeot, anunciou o início da produção da nova geração do SUV 2008.

A fabricação do modelo é agora responsabilidade da unidade de El Palomar, na Argentina, mesmo local que hoje produz o hatch compacto 208.

Como ambos são derivados da plataforma CMP a mudança do Brasil para o país vizinho não surpreendeu.

A fábrica recebeu um investimento de US$ 270 milhões para se adequar ao novo produto, que é uma versão local do SUV compacto produzido na Europa.

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Peugeot E-2008 também estreia de roupagem nova

A estreia do novo Peugeot 2008 deve ocorrer no começo de agosto e ela contará também com a versão elétrica E-2008, também atualizada.

Se o modelo a combustão ainda não teve detalhes técnicos revelados, a Stellantis divulgou nesta quinta-feira, 11, as primeiras informações do SUV elétrico.

Para começar, o modelo terá um motor elétrico mais potente, com 158 cv em vez de 136 cv, além de autonomia para rodar 261 km, graças à bateria mais capaz, de 54 kWh.

O E-2008 contará com o sobrenome "GT" e é equipado com rodas de 18 polegadas além de iluminação em LED.

Peugeot 2008 reload: será que agora vai?

O SUV 2008 marcou um momento importante para a Peugeot, ainda antes da união com a FCA, que deu origem à Stellantis.

Lançado em 2015 após intensos testes, o 2008 seguiu o 208 como novos produtos produzido na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro.

Era uma espécie de "mea culpa" da marca, que passou anos pagando caro por ter subestimado o cliente brasileiro com pós-venda ruim e veículos como o "207 fake", um 206 com retoques.

Apesar da qualidade técnica, nem o 208 muito menos o 2008 tiveram grande aceitação. A culpa em si não foi dos carros mas sim de um mercado amadurecido e disputado por rivais bem preparados como Honda e Hyundai, para citar dois exemplos.

O 2008 teve que encarar o HR-V e o Renegade logo que chegou e isso significou oferecer menos que o Honda e o Jeep. Não é por menos que em seu melhor momento o SUV da Peugeot tenha emplacado apenas 10,7 mil unidades, isso em 2016.

De lá para cá foi ladeira abaixo, com apenas 1,7 mil carros vendidos no ano passado.

Será que o 2008 reload vai quebrar esse tabu? É possível já que a Stellantis conseguiu fazer o 208 argentino vender mais que o nacional, fazendo uso, é claro, de estratégicas comerciais agressivas.

Ricardo Meier

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