Alaskan: veja o que estão falando da inédita picape da Renault
Caminhonete de porte médio da francesa foi desenvolvida em conjunto com a Nissan Frontier e já é vendida na Argentina
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Lançada na Argentina em novembro do ano passado, a Renault Alaskan compartilha a plataforma e a linha de montagem no país vizinho com Nissan Frontier. O modelo ainda não foi confirmado para o Brasil, mas também ainda não foi excluído dos planos da empresa. Na Argentina, a novidade foi testada pelos colegas da revista .
O modelo avaliado era da versão mais cara, a Iconic 4x4 automática, que custa 4.134.300 pesos argentinos, ou cerca de R$ 262 mil na conversão direta da moeda. Com isso, ela é mais cara no mercado argentino que algumas rivais de peso, como a Toyota Hilux, a Chevrolet S10 e a Volkswagen Amarok 2.0 em suas respectivas versões completas. Assim, apesar de ver qualidades na Renault Alaskan, a publicação não foi só elogios.
O que a Renault Alaskan tem?
Na Argentina, a Renault Alaskan Iconic é a opção mais completa da gama. Ela traz de série itens como luzes diurnas de LED, controle de estabilidade e tração, assento do motorista com ajuste de altura, assistente de partida em rampas, central multimídia com tela de 8”, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado automático de duas zonas, controle de cruzeiro, seis alto-falantes, sensor crepuscular, estribos laterais, faróis de neblina, câmera de 360 graus, teto solar elétrico, seis airbags, capota marítima, rack de teto, chave presencial, partida por botão, bancos de couro, rodas de liga leve aro 18” e faróis de LED.
Apesar de sempre usar um motor 2.3 turbodiesel de quatro cilindros, a Renault Alaskan de entrada tem apenas uma turbina e entrega 160 cv de potência e 41 kgfm de torque. Já a versão Iconic já tem duas turbinas e os números sobem, respectivamente, para 190 cv e 45,9 kgfm. Nessa configuração, o câmbio é automático de sete marchas e conta com tração 4x4 e caixa de redução.
O que acharam da Renault Alaskan?
A publicação inicia o texto dizendo que a Renault fez um bom trabalho na hora de diferenciar a Alaskan da Nissan Frontier. O resultado é mais harmônico e deixa poucas pistas de que ambas as caminhonetes usam os mesmos componentes. O interior, porém, não recebeu os mesmos elogios. A revista disse que “se entrar de olhos fechados, você não sabe se está na Alaskan ou na Frontier”. Apesar disso, a cabine foi julgada como de boa qualidade, com bom espaço interno e bastante confortável.
Outro ponto onde a Renault Alaskan teria ficado para trás da concorrência seria em tecnologia, de acordo com os argentinos. A picape da francesa, assim como a Nissan Frontier, não oferece equipamentos como controle de cruzeiro adaptativo ou frenagem autônoma de emergência, que podem ser encontrados em outras picapes oferecidas naquele mercado.
Quanto ao conjunto motriz, a revista se disse satisfeita com o desempenho do motor 2.3, sendo descrito como “impetuoso”. O câmbio, apesar de um pouco indeciso na hora de escolher as marchas, comportou-se bem. A maior surpresa ficou por conta da boa performance fora do asfalto, enquanto o destaque negativo foi para a direção que exige muito esforço na opinião dos jornalistas.
Na conclusão, a Parabrisas afirmou que a Renault Alaskan é um produto muito competente e será crucial para a marca expandir suas vendas em um dos mercados mais rentáveis da Argentina, onde hoje praticamente não tem participação. No entanto, apesar de boa, ela pode encontrar dificuldades em convencer o público que também está olhando Hilux e S10 por conta de seu preço mais elevado e lista de itens de série enxuta para o valor.
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Thiago é jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva