O ano de 2021 foi um dos mais movimentados da recente história da CAOA Chery, com diversos lançamentos ao longo do ano. Porém, um dos mais importantes ficou para o final. Apresentado nesta semana, o CAOA Chery Tiggo 7 Pro chega para substituir o modelo anterior com um novo estilo e o conjunto mecânico emprestado de seu irmão maior, o Tiggo 8. Tudo isso para brigar com Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e VW Taos.

Para conhecer melhor o modelo, o AUTOO foi convidado pela marca para rodar cerca de 200 km ao volante do SUV médio. Dessa forma, foi possível conhecer de perto toda a evolução mecânica do modelo, que ganhou o motor 1.6 turbo a gasolina de 187 cv de potência e 28 kgfm de torque. Ele é atrelado ao câmbio automatizado de dupla embreagem de sete marchas, sendo uma caixa do tipo banhada a óleo.

Antes de comentar sobre as mudanças visuais, vale a pena detalhar sobre o desempenho desse novo conjunto mecânico. A potência extra caiu muito bem no modelo, que ficou ágil e esperto. Nesse caso, méritos também para a transmissão, que faz as trocas de maneira bastante rápida e de modo quase imperceptível.

Nesse primeiro contato com o modelo, rodamos praticamente o tempo todo em rodovias, o que permitiu entender melhor o comportamento ao volante do SUV. Mesmo sendo grande, com 4,50 m de comprimento e 1,84 m de largura, a sensação é de estar ao volante de um modelo menor. A estabilidade do carro merece elogios, bem como o acerto de suspensão, que é voltado para o conforto, mas é capaz de segurar o modelo nas curvas. 

Por mais que tenha sido um trajeto relativamente curto a bordo do carro, a impressão inicial é que a CAOA Chery acertou a fórmula em seu SUV médio.

Visual elegante 

Em relação ao Tiggo 7 anterior, que deixará de ser vendido, o novo modelo traz uma bela evolução no design. Não que a versão que se despede desagradava nesse ponto, mas o Tiggo 7 Pro ficou mais imponente e elegante. A dianteira adotou a nova grade com elementos brilhantes e que deixam o logotipo da marca com a sensação de ser flutuante. 

Além da grade imponente, o modelo conta com faróis em full LED, com direito a setas dinâmicas. Na realidade, toda a iluminação do carro em LED, incluindo as lanternas traseiras, as luzes de neblina e os DRLs. 

Por falar na parte traseira do carro, por vezes cheguei a confundir o Tiggo 7 Pro com um Tiggo 8 que estava estacionado nos arredores do evento, tamanha a semelhança entre os dois modelos. A diferença é que o logotipo da marca fica dentro da peça que une as duas lanternas no modelo maior, enquanto que no irmão menor, ele fica logo abaixo.

O porta-malas leva bons 475 litros e tem acionamento elétrico da tampa. Uma curiosidade é que basta se aproximar dela, contanto que a chave esteja no bolso, para que a tampa levante. Também é possível abrir o compartimento pela chave ou apertando o botão na própria tampa.

Imagem: Divulgação

Equipamentos

Como é tradição na marca, o Tiggo 7 Pro será vendido em versão única e sem opcionais. O resultado é um bom pacote de equipamentos, com direito a painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas (que é bastante completo, mas o visual do cluster não me agradou muito), central multimídia de 10,25 polegadas, carregador wireless para o celular, iluminação ambiente personalizável, ajustes elétricos para motorista e passageiro, ar-condicionado de duas zonas, câmera 360º com alerta de tráfego cruzado, entre outros itens.

Porém, faltaram alguns equipamentos que já são oferecidos na concorrência. É o caso do controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, o assistente de permanência em faixa e até mesmo o sensor de chuva. No caso dos dois primeiros, a marca diz que os sistemas estão em desenvolvimento e devem equipar a linha no futuro. Já o sensor de chuva poderia fazer companhia ao sensor crepuscular, que está presente no carro e acende os faróis automaticamente.

De qualquer forma, o Tiggo 7 Pro chega forte no segmento. Seu preço de lançamento é de R$ 179.990, já estando disponível nas lojas a partir desta quinta-feira (16). Ainda é cedo para dizer que ele fará frente aos três principais concorrentes, mas que deve incomodar um pouco, isso deve.

Imagem: Divulgação