A BMW pode ter sido a primeira das marcas de luxo alemã a anunciar fábrica no Brasil, mas está atrás da Mercedes-Benz e da Audi no projeto de uma família de compactos com tração dianteira. Enquanto a Audi foi pioneira nesse sentido desde o primeiro A3 e a Mercedes, enfim, decidiu fazer do Classe A uma família mais abrangente e esportiva, a BMW insistiu numa receita tradicional, mas cara, a de carros com tração traseira e motor longitudinal.

O Série 1 e o X1, por exemplo, usam essa arquitetura que favorece a esportividade, mas que os deixa mais caro s de produzir comparados aos modelos das duas rivais.

Essa situação, no entanto, mudará em 2016, mais tardar, 2017. É quando a Série 1 passará a utilizar a plataforma UKL (nível de entrada, em alemão). Ela estreará este ano no novo Mini Cooper, que será apresentado no Salão de Los Angeles em novembro, e servirá como base para o NES, sigla para “sedã de entrada”, modelo que brigará diretamente com o A3 Sedan, da Audi, e o CLA, da Mercedes.

Possível brasileiro

Segundo o executivo Norbert Reithofer, da BMW, o “NES é fundamental para o aumento das nossas vendas em países como Estados Unidos e China”, disse à revista Autoweek.

E o NES pode cruzar o caminho do Brasil. A BMW vai inaugurar sua fábrica no País no final de 2014 produzindo inicialmente um modelo da Série 1 atual – o mais cotado é o X1 -, mas comenta-se que os planos mais ambiciosos envolvam a nova geração de compactos.

Como a Audi já anunciou que produzirá o A3 Sedan no Paraná e a Mercedes-Benz pode optar pelo CLA como segundo modelo nacional após a estreia do crossover GLA, a escolha da fábrica de Araquari, em Santa Catarina, como local de produção do NES é considerável.