No ano em que completará meio século no mercado, o Golf terá sua derradeira atualização visual e técnica. É o que confirmou Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen Passengers Cars, ao .

Atualmente, o hatch médio está na geração 8, lançada na Europa em 2019 e que por conta da pandemia do Covid-19, ainda não passou por um feclift de meia idade, que só ocorrerá em 2024.

Schäfer, no entanto, observou que depois dela teremos um veículo provavelmente elétrico e que até pode continuar se chamando “Golf”, ou ID.Golf, para seguir a nova nomenclatura do portfólio movido a bateria.

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"Estamos trabalhando em um portfólio para ver qual será o sucessor do atual Volkswagen Golf. E do meu ponto de vista, não será um com motor de combustão. Deve ser um veículo elétrico” afirmou o executivo em entrevista.

O alemão de 52 anos já havia dito que abandonar marcas icônicas como “Golf” ou “GTi” seria loucura, apesar da sua relação com motores a combustão interna.

Certamente o futuro Golf elétrico não deve decepcionar em desempenho já que torque não é um problema para esse tipo de propulsão.

Imagem: Divulgação

Liderança na Europa pode ter acabado

A grande questão que envolve a geração 9 é mesmo o tempo que ainda levará para chegar ao mercado. Com a reestilização prevista para 2024, é bastante natural esperar que o Golf com motor a combustão permaneça à venda até 2027 pelo menos.

Isso empurraria o Golf a bateria para 2028 ou além. Até lá, a linha de carros ID será bastante numerosa e resta saber onde o hatch médio se encaixaria.

Fato é que mesmo na Europa, onde está seu grande público, o Golf já não atrai tantos clientes como antes. Se em 2016, foram vendidos quase meio milhão de unidades, quatro anos depois, mesmo com a geração 8, os emplacamentos foram de 285 mil veículos – resultado afetado pela crise sanitária, é verdade.

Ainda assim, em 2021 foram 214 mil e no ano passado o total deve chegar a 180 mil carros no máximo. Talvez o maior sinal da perda de força do atual modelo é constatar que carros como o Peugeot 208 e até o Tesla Y já vendem mais do que ele.

A expectativa é que o hatch compacto francês encerre um domínio de 14 anos do Golf como veículo mais popular do Velho Continente.

Ricardo Meier

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