Sergio Marchionne, o idealizador da fusão entre a Fiat e a Chrysler, enfim, conseguiu ver seu sonho se concretizar. As duas fabricantes concluíram o processo de união e deram origem ao grupo Fiat Chrysler Automobiles, com sede na Holanda, assim como imaginou o atual CEO de ambas.

A reorganização foi possível porque a Fiat comprou as ações remanescentes da Chrysler – até então, a empresa italiana era sócia majoritária da companhia americana. A nova empresa passará a ter um logotipo diferenciado, que exalta a identidade das duas fabricantes. O símbolo (ao lado) é o acrônimo das letras F, C e A e significam concretude e solidez (F), harmonia e continuidade (C) e a energia e um estado perene de evolução (A).

“Hoje é um dos dias mais importantes em minha carreira na Fiat e Chrysler. Cinco anos atrás, começamos a cultivar uma visão que foi além da cooperação industrial e que incluía a integração cultural total em todos os níveis. podemos dizer que conseguimos criar fundações sólidas para uma empresa global, com um misto de experiência e know-how, no mesmo nível dos nossos principais concorrentes”, disse Marchionne.

Apesar da sede holandesa e de ter como domicílio fiscal na Inglaterra, a FCA manterá a estrutura independente das duas montadoras, que atuam em quatro regiões operacionais, e também na preservação dos empregos em todas as suas unidades, diz a nota da empresa, que prometeu para maio próximo um plano de negócios de longo prazo para todo grupo.

Reflexos no Brasil

A reorganização das duas empresas já é visível no Brasil. A Fiat reestruturou a Chrysler no País e indicou novos executivos para comandá-la como Carlos Eugênio Dutra, que assumiu a área comercial da marca americana.

As duas marcas também farão uso da nova fábrica que o grupo constrói na cidade de Goiana, em Pernambuco, para produzir modelos da Fiat e da Jeep a partir do ano que vem.