Fiat promete três SUVs nacionais a partir de 2019
Antonio Filosa, presidente da FCA na região, confirmou ainda um novo SUV da Jeep entre 25 lançamentos que ocorrerão at?2022
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A Fiat, enfim, terá um SUV para chamar de seu no Brasil. Um não, na verdade serão três. Quem confirmou a informação foi Antonio Filosa, presidente da FCA na América Latina. Falando para uma plateia de jornalistas nesta segunda-feira (25) em São Paulo, o executivo italiano explicou como será a estratégia para os próximos cinco anos na região. Serão investidos R$ 14 bilhões nesse período, principalmente em cerca de 25 novos veículos dos quais 15 serão da marca Fiat e 10 da Jeep e RAM.
As principais novidades serão quatro novos SUVs, três da Fiat e um da Jeep. O primeiro a chegar será um dos modelos da marca italiana. Ele será revelado no primeiro semestre do ano que vem e deve passar a ser comercializado entre o final de 2019 e início de 2020.
Sobre os SUVs, ou UVs, como Filosia fez questão de frisar (para a FCA, SUV é apenas Jeep), serão modelos de apelo familiar com espaço interno generoso e bom porta-malas, um deles inclusive com capacidade para sete passageiros.
Segundo uma fonte, os três utilitários esportivos ocuparão uma ampla faixa de mercado. A ideia é ter um modelo compacto nos moldes de um Nissan Kicks, um intermediário semelhante ao porte do Compass e um maior, com sete assentos e focado no mercado de médios – é esse projeto que deve ter um derivado da Jeep feito em Goiana, Pernambuco, enquanto os outros três serão produzido em Betim, Minas Gerais.
Todos eles deverão contar com um estilo bastante diferente da Jeep e mais na linha do que se vê na Toro e não nos traços do 500X (foto acima), hoje o único SUV com design original da Fiat.
Picapes
Antes disso, no entanto, a Fiat lançará uma nova picape compacta que está hoje em desenvolvimento. Esse modelo conviverá com a Strada, picape que ainda lidera o mercado e que segue nos planos da Fiat, segundo Autoo apurou.
Além da sucessora da Strada e da Toro, a FCA deve estrear no segmento de uma tonelada, mercado onde atuam Hilux e S10, por exemplo, mas com a grife RAM. Filosa admitiu que estão estudando nesse momento em que local essa picape será produzida mas é natural que seja vendida no Brasil no início da próxima década.
Turbo e câmbio automático
Boa parte do que contou aos jornalistas nesta segunda-feira já havia sido antecipado pelo executivo em outra oportunidade que contou com a presença de Autoo. Mas agora Filosa confirmou que a montadora lançará motores turbo no mercado, baseados no atual Firefly, hoje disponíveis com 1.0 litro de 3 cilindros e 1.3 de 4 cilindros.
A marca também pretende ampliar a atuação no segmento de câmbio automático, deixando aos poucos de vender as versões de embreagem automatizada. A transmissão a ser usada é a mesma Aisin de 6 velocidades que hoje equipam o Argo e o Cronos 1.8.
Híbridos mas com etanol
Assim como adiantou na entrevista passada, o presidente da FCA acredita que os veículos elétricos serão uma realidade cada vez mais presente no mercado global, por isso boa parte do investimento do grupo (9 de 45 bilhões de euros) será feito na eletrificação dos modelos.
No Brasil, a tecnologia deverá ser adotada, mas de forma híbrida com o etanol que, na visão dele, é uma vantagem inestimável do país.
Ticket médio
Filosa diz acreditar que não só as vendas do grupo FCA crescerão na região até 2022, mas também o lucro. Para isso a empresa quer elevar o ‘ticket médio’ por venda, em outras palavras, o valor gasto pelo cliente em sua concessionária.
Eis aí um grande desafio para a gestão do engenheiro italiano, afinal a Fiat continua a ser uma marca cujas vendas são mais concentradas nas versões de entrada, ao contrário de algumas concorrentes e da própria Jeep. Quem sabe os três SUVs mudem essa realidade no futuro.
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