Fiat Strada usada: picape versátil est?no mercado h?25 anos. Veja cuidados ao comprar
Com desenho esportivo e bom espaço na caçamba, o utilitário comercial tem versões cabine simples, estendida e dupla, duas e quatro portas
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A Fiat acertou em cheio ao lançar a Strada em 1998, a picape que até hoje dá trabalho à Volkswagen Saveiro. Chegou nas versões Working 1.5 de 76 cv, Trekking 1.6 8V de 92 cv e LX 1.6 16V de 106 cv.
Em 1999, toda a gama incluiu a variante estendida (CE). Com o espaço adicional na cabine, a caçamba passou a comportar 800 litros, ante os 1.100 litros da cabine simples (CS).
A linha 2003 foi toda reestilizada, trazendo melhorias não só de estilo, mas de menores custos na manutenção. A Powertrain – empresa da fusão General Motors e Fiat - forneceu o motor 1.8 8V de 103 cv, que substituiu o 1.6 16V.
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A série também ficou marcada com a chegada da Fire 1.3 8V de 67 cv para a CS e CE, além da variante aventureira, batizada de Adventure, oferecida só com motor GM 1.8.
Reestilização bem recebida
A segunda reestilização veio em 2004, talvez a mais elogiada na trajetória do utilitário. Além disso, estreou o motor 1.8 8V Flex (110 cv no etanol e 106 cv na gasolina). Em 2005, a Trekking ganhou propulsor 1.4 flex de 81/80 cv.
Para 2008, a picape ganhou a terceira geração e estreou o sistema com bloqueio eletrônico do diferencial Locker só para a versão Adventure, que auxilia na transposição de obstáculos “leves” em percurso de estradas de terra.
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Foi em 2009 que o modelo ganhou a opção cabine dupla, algo inédito no segmento de picapes pequenas. O ano ficou marcado com a vinda do motor FPT 1.4 de 86/85 cv.
A Sporting só chegou em 2010 “inaugurando” o motor flexível E-torQ 1.8 16V de 132/130 cv, que sucedeu o antigo 1.8 8V (de origem GM). Com visual esportivo, vinha em cores berrantes como amarela e vermelha.
O câmbio automatizado Dualogic estreou em 2011 na versão Adventure cabine dupla; uma estratégia da marca de promover a Strada como um carro de passeio.
Troca de plataforma em 2020
Em 2012, a Strada ganhou leves mudanças na parte frontal e todos os modelos passaram a contar com a opção da cabine dupla, além da Trekking que ganhou motor E-torQ 1.6 16V de 117/115 cv.
Para manter-se no segmento, a Fiat não parava de inovar e trouxe à linha 2013 junto a um leve facelift uma terceira porta (do lado direito) na versão cabine dupla.
A grande mudança só veio em 2020 quando a picape abandonou a plataforma do Palio para dar lugar à moderna MPP. Com essa melhoria, a picape passou a contar com quatro portas. O motor 1.3 Firefly de 109/101 cv entrou no lugar do antigo 1.8.
Pontos que merecem atenção
1. Frente baixa
O utilitário costuma raspar a parte inferior do para-choque com facilidade em valetas ou lombadas. Portanto, veja se a unidade tem ralados ou até mesmo trincas, pois isso garante um dono mais zeloso com o carro.
2. Assoalho e tampa da caçamba
O assoalho e a tampa da caçamba amassados e riscados indicam que foi submetido a trabalhos mais pesados. Apesar de estéticos, estes detalhes podem esconder outros problemas como uma possível adulteração no hodômetro, para indicar um carro mais novo.
3. Acabamento interno
Alguns modelos das primeiras gerações costumam descascar, principalmente o volante e a manopla de câmbio. Assim sendo, dê uma boa avaliada nestes itens. Forros de portas também são frágeis e merecem um olhar mais atento, bem como o revestimento de tecido destes exemplares mais simples, usados para o trabalho pesado.
4. Câmbio Dualogic
Avalie o funcionamento deste tipo de transmissão automatizada. Polêmico, não durou muito na linha Fiat e foi, inclusive, motivo de recall no fim de 2014 para verificação e, caso fosse necessária, a substituição do atuador de embreagem que poderia ocorrer problemas de engate de marcha e dificuldade nas arrancadas.
5. Luz do tanquinho
Nas unidades flex que têm o tanquinho de partida a frio, mesmo tendo abastecido, a luz no painel pode insistir em não apagar, problema este que resolveria trocando a bóia do reservatório.
6. Amortecedores dianteiros e traseiros
Nos dianteiros, atente para possíveis estalos ou ruídos que podem ser indício de buchas e pivôs comprometidos. Nos traseiros, do tipo molas parabólicas de lâmina única, se estiverem muito arriados, é sinal de desgaste por conta do excesso de peso.
Melhores e piores unidades para comprar
De um modo geral, todas têm uma boa procura em se tratando de um veículo bastante procurado por todo tipo de público, desde o jovem que está em busca de seu primeiro veículo até o trabalhador rural. Só fuja das unidades equipadas com o câmbio Dualogic, que demandam mais atenção com a manutenção e nem sempre o custo é barato. No entanto, as versões mais equipadas com ar-condicionado, direção hidráulica e motores flexíveis tendem a ter uma maior procura. Só cheque, seja qual for o modelo, se a unidade passou pelos inúmeros recalls feitos pela montadora. Boa compra!
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Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.