Picape mais vendida do Brasil, a Fiat Toro acaba de ganhar mais uma versão, Blackjack, equipada com motor 2.4 Tigershark de 186 cv (etanol) e câmbio automático de nove marchas. É o mesmo pacote técnico da versão Freedom 2.4, porém, com algumas melhorias como as rodas aro 17 polegadas e o kit “Audio” da Mopar que inclui central multimídia de 6,5 polegadas com TV digital, DVD player, câmera de ré e comandos satélites no volante – o preço sugerido é de R$ 112.990.

Mas o principal diferencial da Toro Blackjack, como adianta seu nome, é o estilo, utilizando a cor preta em praticamente tudo no veículo, incluindo aí até mesmo a logomarca da Fiat, normalmente vermelha.

A Fiat eliminou até os cromados, geralmente substituídos por grafite escuro como nas rodas, retrovisores e barras de teto. Por dentro, além do painel todo escuro, a Toro recebeu bancos que mesclam partes em couro e tecido com a inscrição “Blackjack” inserida, assim como nas molduras dos difusores e nos alto-falantes.

O resultado é atraente nas imagens, já no portfólio, a Toro Blackjack passa a ser a versão flex mais cara da linha, se aproximando do valor cobrado pela Toro Freedom diesel (R$ 113.670 em valores de setembro).

Liderança com folga

A Fiat já usou o expediente da cor preta em outros carros como o Bravo Blackmotion, mas nunca ela foi tão evidente. Inclusive, a picape possui duas opções da cor, sólida (Shadow) e metálica (Carbon).

Provavelmente, ela vai acrescentar pouca coisa nas já excelentes vendas da Toro, mas é sempre bom estar atento ao mercado. Hoje a picape da Fiat vende até mais que a Strada, que acumulava anos na liderança. Contra sua rival mais próxima, a Renault Oroch, chega a ser uma “surra”: 34,5 mil emplacamentos contra 7 mil unidades.

Mas a festa não deve durar mais que um ano. Em 2018, a Volkswagen entrará no segmento e outras marcas já entenderam que as picapes “super compactas” são um novo mercado que merece ser explorado.

Ricardo Meier

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