Estratégia barata para reforçar o portfólio da Peugeot, a Partner Rapid até o momento não mostrou a que veio.

Lançado em maio, o utilitário nada mais é que uma Fiorino com emblemas da marca francesa. A diferença mais importante é o preço, mais em conta que a original da Fiat – enquanto a Partner saía a partir de R$ 101.990, a Fiorino mais barata custava salgados R$ 110.615 em julho.

Mas nem isso tem ajudado a tornar a Partner Rapid um sucesso de vendas. Pelo contário. Em junho, segundo dados de emplacamentos obtidos por AUTOO, o modelo da Peugeot teve somente 88 unidades vendidas, ou 5,3% do que foi emplacado de Fiorino (1.572 veículos).

Em julho, os dados parciais mostram uma situação um pouco melhor: enquanto a Fiat já tinha vendido 1.211 unidades, a Peugeot registrava 102 carros. Esse número, no entanto, pode incluir alguns exemplares da Partner “real”, de maior porte, e do qual a Rapid emprestou o nome para ajudar na sua imagem.

Imagem: AUTOO

Ainda assim, trata-se de um patamar muito baixo de aceitação, a despeito do investimento na “novidade” ser bastante marginal já que não envolve qualquer alteração mecânica no furgão.

Por outro lado, desde que a Partner Rapid chegou ao mercado, a Fiorino vem experimentando queda nas vendas. De um total de 2.165 em maio para 1.211 exemplares até esta quarta-feira, 27.

É pouco provável que seja alguma concorrência da Peugeot já que os problemas de produção que a indústria automobilística enfrenta podem ter maior peso na oferta irregular de unidades ao mercado.

Iniciativas como a Partner Rapid não costumam trazer bons resultados já que o consumidor é geralmente atento à origem real de alguns modelos, que não guardam qualquer relação com o “DNA” da marca, para usar um jargão repetido em marketing.

No máximo, esses veículos genéricos servem como forma de ganhar tempo enquanto projetos mais profundos de compartilhamento de plataformas não saem do papel.

Imagem: Divulgação