Ford Escort renasce na China
Modelo descontinuado em 2001 volta a vida no mercado chinês com plano ousado
A Ford vai investir pesado na China nos próximos dois anos. A montadora americana planeja abrir mais uma fábrica no continente asiático – hoje já são sete plantas - e lançar no agitado mercado chinês 15 novos veículos até 2015. Um desses carros, quem diria, será o Escort, que renasceu no Salão de Xangai, aberto ao público até 29 de abril.
O modelo, ainda um conceito de demonstração, recupera parte do desenho do último Escort, que foi vendido no Brasil até 2003, e combina com elementos do novo Fusion. A Ford, porém, ainda não revelou quando a versão final do carro será concluída.
Conforme a fabricante divulgou em Xangai, o novo Escort foi desenvolvido de acordo com o gosto do consumidor chinês e o produto é mais uma fase do plano One Ford, que consiste na criação de carros globais. Ou seja, o veículo poderá ser oferecido no mundo todo a partir de variados pólos de produção e com poucas alterações – New Fiesta e o novo EcoSport são alguns exemplos dessa estratégia de âmbito mundial.
Por se tratar ainda de um protótipo, o Escort chinês ainda não tem motorização definida e sua cabine ainda não foi elaborada.
Com a nova investida, que envolve a volta do clássico compacto da Ford, a montadora espera alcançar um volume de vendas de 2,7 milhões de carros na China após 2015. A marca, todavia, ainda não confirma se o carro também virá para o Brasil.
Escort no Brasil
O Escort foi um dos automóveis mais desejados no mercado brasileiro nas décadas de 1980 e 1990. Lançado no Brasil para substituir o Corcel II, o modelo teve três gerações no mercado nacional e sobreviveu até 2003, quando acabou substituído pelo Focus.
Sempre com a imagem relacionada a esportividade, o Escort ficou famoso com a versão XR3, que era oferecido com cores marcantes, como amarelo e vermelho, e até com opção de carroceria conversível. O modelo também teve uma versão popular, a Hobby.
Lembra do Escort XR3? A versão esportiva do carro da Ford fez sucesso no Brasil nos anos 1980 e 1990