O Senado aprovou nesta sexta-feira (6) o PL 528/2020, projeto de lei que prevê o aumento da quantidade de etanol na gasolina. O texto está em tramitação na Casa desde que foi aprovado na Câmara dos Deputados em março, mas com um limite de 27%.

Com as mudanças votadas no Senado, o etanol passa a compor 35% do litro de gasolina. Por causa disso, o projeto de lei volta para a Câmara para nova votação antes de ir para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além da maior mistura de etanol na gasolina, o PL ainda prevê o aumento da quantidade de biodiesel no diesel e legisla sobre temas como combustíveis de aviação, biometano, diesel verde, combustíveis sintéticos e até mesmo a estocagem de gás carbônico.

O biodiesel é hoje 14% do diesel e vai aumentar gradativamente em um ponto percentual por ano até chegar aos 20%, segundo emenda apresentada no Senado. Para assegurar a qualidade do óleo diesel, um regulamento definirá a metodologia para a adoção de um sistema de rastreamento dos combustíveis do ciclo diesel em todos os elos da cadeia produtiva, segundo a Agência Senado.

Efeitos reais

Carros flex não devem ter problemas, já que são preparados para utilizar tanto gasolina quanto etanol em qualquer mistura. O efeito sentido, porém, será o aumento do consumo, que é mais elevado com o uso do derivado da cana de açúcar porque o álcool tem menor poder energético que a gasolina.

Já modelos a gasolina, principalmente os mais antigos, podem apresentar falhas de funcionamento e problemas de corrosão de peças internas, afinal, o etanol é mais agressivo.

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Fernando Pedroso

Apaixonado por carros desde criança, se formou em jornalismo para trabalhar com automóveis. Realiza esse sonho desde 2006, e participando no AUTOO a partir de 2023