Jeep Commander Blackhawk: motor 2.0 turbo d?novo ânimo ao SUV
Com o mesmo conjunto da Ram Rampage, modelo de sete lugares honra sua nova versão esportiva
O Jeep Commander é um dos maiores SUVs nacionais, mas não tinha um motor digno de seu tamanho. O 1.3 turbo de 185 cv é suficiente para mover os quase 1.700 kg da versão Limited, mas não empolga. Os pais de família que precisam de um carro de 7 lugares queriam mais e a solução estava dentro de casa: o 2.0 Hurricane da Ram Rampage com seus 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque.
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Com ele, o Commander passou a chegar aos 100 km/h em 7 segundos, desempenho próximo ao do Volkswagen Jetta GLI, por exemplo —6,7 segundos para atingir a marca. O conjunto está disponível para a luxuosa versão Overland e para a novata esportiva Blackhawk, que testei para ver se é tudo isso mesmo. E é.
Versão esportiva tem que empolgar primeiro pelo visual. O Commander Blackhawk faz isso com detalhes pintados de preto no lugar dos cromados e pinças de freio pintadas de vermelho atrás das rodas de 19 polegadas pintadas de preto. Atrás, as duas saídas de escape já indicam que ali tem alguma coisa mais séria.
Por dentro, o acabamento é caprichado, tanto no visual quanto na escolha dos materiais. Uma faixa de couro alcântara vai do motorista até a frente do passageiro. Onde é plástico, o material é macio. O couro preto dos bancos também aparece nas portas.
Os bancos têm ajustes elétricos e o quadro de instrumentos digital tem 10,25 polegadas. A central multimídia de 10,1 polegadas conta com Android Auto e Apple CarPlay sem fio e o teto solar é panorâmico.
O ar-condicionado de duas zonas tem saída para a segunda fileira com ajuste de fluxo. Quem vai atrás também tem duas portas USB à disposição. Na terceira fileira, a chance de passar calor é maior, além de ter apenas uma porta USB só no lado direito. O espaço é para duas crianças somente.
As qualidades de carro familiar permanecem. Com cinco lugares e os dois bancos adicionais bem acomodados no assoalho, o porta-malas fica com ótimos 661 litros de capacidade. Com sete lugares disponíveis, ainda há espaço para 233 litros de bagagem.
Mas é quem dirige quem mais vai se divertir. O motor não tem a mesma pegada da Rampage, o ronco do escape não é tão expressivo, mas é um SUV divertido dentro dos limites do seu porte. O câmbio de nove marchas está sempre na posição certa quando se precisa e mal há necessidade de trocas manuais.
A tração 4x4 está sempre disponível sob demanda, mas pode ser travada nesta posição ou até ligar a reduzida. É a única situação em que a primeira marcha, bem curta, é acionada para ajudar o carro a sair de atoleiros leves. Não é carro para fazer trilha, claro, mas pode ser útil no passeio da família em estradas de terra.
Além disso, é possível contar com suspensão e freios redimensionados para o novo motor. A segurança é reforçada com seis airbags e o pacote Adas com frenagem de emergência, assistente de permanência em faixa e piloto automático adaptativo, entre outros.
Quer uma notícia ruim? O consumo prometido pelo Inmetro é de 8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada. Durante nosso teste, no entanto, a média ficou em 6,2 km/l após rodar cerca de 240 km em um misto de cidade e estrada. Lembrando que ele é movido somente a gasolina. Claro, boa parte aproveitando bastante o motor de 272 cv, então no dia a dia o motorista vai ter que moderar ou pagar pelo preço da diversão que o carro oferece. Afinal, ele honra a versão ser chamada de esportiva.
Veredicto
O Jeep Commander Black faz jus à qualidade de SUV esportivo, vem bem equipado e se mostra confortável no dia a dia. Quem procura por bom desempenho na faixa de preço do modelo que custa R$ 327.590, não vai se decepcionar,embora o carro não empolgue tanto neste aspecto. Além disso, é bom ficar de olho no consumo.
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