Kwid, Kaptur e Koleos, a avalanche da Renault em 2017
Marca deve agitar mercado brasileiro no ano que vem com dois novos SUVs além do inédito compacto sucessor do Clio
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“KKK”. Não, não é piada, mas pode soar como uma risada de satisfação entre os executivos da Renault no Brasil. A marca, hoje a 7ª mais vendida, perdeu espaço para a Hyundai e a Toyota em 2016, ano em que vive uma certa entressafra no portfólio. Mas essa situação deve mudar em 2017.
Nada menos que três modelos devem chegar ao país, segundo apurou o AUTOO. Todos eles coincidentemente começando com a letra ‘K’: Kwid, já confirmado, o Kaptur (sempre cotado) e o Koleos, esse uma surpresa. A chance dos três aparecerem em destaque no Salão do Automóvel em novembro faz da Renault candidata ao estande mais movimentado do evento.
Mas, afinal, o que esses modelos prometem e como devem chegar?
Koleos
Começando pelo que mais gera curiosidade. O Koleos é um SUV médio do porte de um Hyundai ix35 ou Kia Sportage. A primeira geração até chegou a vir ao país em testes, mas a Renault acabou desistindo de vendê-lo. A nova, no entanto, é um carro bem mais atraente e com boas chances de agradar. Ele usa a plataforma do novo Mégane com quem compartilha também a nova linguagem da marca – a mesma que será usada no novo Fluence.
Como deve vir importado, a princípio, o Koleos será mais um complemento da linha de SUVs da Renault, com versões equipadas e preço na casa dos seis dígitos. É como se o público se inspirasse nele para acabar levando outros modelos da montadora.
Não se sabe ainda quais serão seus motores e câmbios afinal o modelo foi mostrado há pouco tempo no Salão de Pequim e deve começar a ser vendido na Europa no final do ano. Certamente, deverá compartilhar componentes com o X-Trail, da Nissan, por exemplo. O que se viu, no entanto, no seu lançamento, é que o interior é bastante moderno e com direito até a um console central que lembra um tablet em pé, o chamado R-Link 2.
Kaptur
O segundo ‘K’ da Renault era um ‘C’: a marca namorou a ideia de montar um Captur sobre a base do Duster, mas acabou desistindo. Em vez disso, a solução foi repensar o modelo e criar o Kaptur, uma versão com desenho próprio e com dimensões ampliadas para justificar o preço mais alto que o Duster.
Mostrado na Rússia em primeira mão, o Kaptur deve ser produzido no Paraná na mesma base da família Logan. Porém, com muito mais requinte internamente e equipamentos para fazer o papel de crossover na marca – ou seja, algo bem diferente do grandão Duster, que segue como uma opção mais pé na lama. É com ele que a Renault vai conseguir brigar com o andar de cima dos SUVs pequenos, encarando Honda HR-V, Renegade flex e o Nissan Kicks.
Kwid
O último ‘K’ é o único confirmado pela Renault. O Kwid, que tomará o lugar do Clio, embora não seja crossover, brinca com a ideia ao ter uma carroceria alta e formas retangulares.
Ele também estará no Salão e deve começar a ser vendido na virada do ano como uma opção urbana e mais acessível que o Sandero.
Se a Renault não errar na mão, ela terá boas chances de recuperar espaço no mercado brasileiro, afinal são produtos que podem trazer novos clientes para suas concessionárias e fazer Fabrice Cambolive, o presidente da empresa, soltar um sonoro “KKK”.
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