Magnite, Venue, entre outros: quais ''mini-SUVs'' podem chegar ao Brasil?
Onda de utilitários esportivos subcompactos vem surgindo na Ásia e j?conta alguns modelos prometidos para o mercado nacional
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Nos últimos meses, o mercado indiano vem sendo tomado por uma nova onda de SUVs: os subcompactos. Menores que modelos como Hyundai Creta e Nissan Kicks, tais novidades vêm sendo lançadas por lá e em outros países asiáticos e estão fazendo sucesso. Separamos aqui alguns dos “mini-SUVs” que têm chances de chegarem também ao Brasil.
Chevrolet Groove: ainda é dúvida
Um dos frutos da parceria da General Motors com as chinesas SAIC e Wuling, o Chevrolet Groove é um SUV pequeno. O modelo é a versão da marca norte-americana para o chinês Baojun 510. Hoje ele já é oferecido nos mercados do Oriente Médio e já está próximo do Brasil, sendo vendido no Equador, no Peru e no Chile.
Agora, o site GM Authority afirmou que a novidade também será lançada no México. Ainda não se sabe quando o Chevrolet Groove será lançado por lá. Porém, os mexicanos devem receber a mesma motorização utilizada nos países latino-americanos: 1.5 aspirado de pouco mais de 110 cv e câmbio manual de 6 marchas.
O Groove é um pouco menor que o Tracker nacional, tendo 4,22 m de comprimento ante 4,27 m, respectivamente. Até o momento, a Chevrolet do Brasil diz que não tem planos para trazer o pequeno SUV ao nosso mercado. No entanto, pode se tornar uma opção, caso o novo segmento dos mini-SUVs se mostre um sucesso.
Nissan Magnite: boa chance de ser produzido no Brasil
Apelidado de Mini-Kicks, o Nissan Magnite foi revelado na Índia em outubro do ano passado. Usando por base uma variante alongada da plataforma do Renault Kwid, o pequeno SUV tem como um seus grandes trunfos o preço, saindo por a partir de 550.000 rúpias, ou cerca de R$ 42,9 mil na conversão direta da moeda local. A Nissan do Brasil nunca confirmou sua chegada por aqui, mas, com o fim da produção do March em Resende (RJ), ele se tornaria uma opção viável para ocupar o posto deixado na linha de produção.
O Nissan Magnite utiliza como base o motor 1.0 tricilíndrico dividido com a Renault. Ele tem como opções as configurações aspirada e turbo, ambas a gasolina. Em termos de câmbio, as opções são manual de cinco marchas, automatizado de cinco marchas ou automático CVT. Apesar da proposta acessível, dependendo da versão, o SUV já pode trazer itens como painel de instrumentos digital, ar-condicionado automático e tela da central multimídia em posição destacada. Além disso, disponibiliza assistente de partida em rampa, câmeras com visão 360 graus e piloto automático.
Hyundai Venue: flagrado rodando por aqui...
Com um visual que não nega a inspiração no Creta, o Hyundai Venue é a porta de entrada dos SUVs da marca na Índia. Ele custa o equivalente a cerca de R$ 40 mil na versão de entrada por lá e já até ganhou um “irmão” da Kia, o Sonet. Os preços baixos também são parte da receita do modelo naquele país.
Sua chance de vir ao Brasil, porém, é incerta. A Hyundai do Brasil já está com a sua fábrica de Piracicaba (SP) no limite de produção e ter mais um modelo de volume exigiria uma expansão. Importá-lo diretamente da Índia acarretaria na incidência de impostos que deixariam seus preços pouco competitivos. Apesar disso, o carro já foi flagrado por aqui e teve unidades emplacadas na Argentina.
As opções de motorização são 1.2 aspirado de 83 cv, 1.0 turbo de 120 cv e 1.4 a diesel de 90 cv. O câmbio pode ser manual ou, no caso do mais potente, automatizado de dupla embreagem com 7 velocidades. Desde a versão básica, ele já traz itens como trio elétrico, sensor de ré, airbag duplo frontal e ABS, mas ainda pode ser equipado com chave presencial e controle de estabilidade nas versões mais caras.
Renault Kiger: irmão do Magnite, pode figurar como opção
Como a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi também influencia as decisões das três marcas no Brasil, as chances do Renault Kiger chegar por aqui são baixas, mas não inexistentes. Isso acontece porque o modelo é a versão da marca francesa para o Nissan Magnite, com um visual retrabalhado. Ele traz as mesmas opções de motorização e câmbio, além de um nível de equipamentos bem similar. Na Índia, os preços do Kiger começam em pouco mais de R$ 40 mil também.
Como a Nissan do Brasil tem mais capacidade ociosa na fábrica de Resende (RJ) do que a Renault em São José dos Pinhais (PR), faria mais sentido trazer primeiro o Magnite para cá com fabricação nacional. Mas isso não quer dizer que o Kiger esteja totalmente descartado. Dependendo do sucesso dos “mini-SUVS” em nosso mercado, ainda poderia ser uma alternativa para aumentar os volumes de vendas da Aliança.
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Thiago ?jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva