Nova Amarok V6: argentinos aprovam picape de 258 cv
Novidade da Volkswagen foi postergada no mercado brasileiro por conta da pandemia. No país vizinho, porém, ?sucesso
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Desde o começo de 2020 que se especulava a chegada da nova Volkswagen Amarok V6 mais potente para o Brasil. A caminhonete havia passado por uma revisão em seu propulsor, que levou a sua potência a subir de 225 cv para 258 cv, enquanto o torque foi de 56 kgfm para 59,1 kgfm. A expectativa era de que a novidade, fabricada na Argentina, chegasse por aqui em março. No entanto, sua estreia foi atrasada por conta da pandemia.
No país vizinho, porém, a nova Amarok V6 mais potente chegou às lojas ainda em tempo de ser vendida. Avaliada por lá pelo site Argentina Autoblog, a caminhonete da Volkswagen testada era a topo de linha Extreme Black Style, de 3.800.000 pesos argentinos (cerca de R$ 322,9 mil), mas há modelos V6 de 258 cv em configurações mais baratas, por lá partindo de 2.970.000 pesos argentinos (R$ 252,3 mil). Por aqui, a Amarok V6 ainda de 225 cv parte de R$ 213.190.
Onde a Amarok melhorou?
Entre os principais pontos positivos apontados pela publicação argentina está claramente o ganho de desempenho. Foi dito inclusive que o novo motor V6 turbodiesel da Amarok era o melhor propulsor do tipo oferecido no país vizinho. Além disso, a habilidade da caminhonete da Volkswagen em oferecer estabilidade e frenagem o suficiente para lidar com a potência extra mereceu elogio. O modelo teve suspensão, transmissão e o sistema de tração integral recalibrados para lidar com a nova potência.
Os argentinos já contam com algumas opções de picapes “esportivas” mais potentes. A Toyota Hilux GR Sport V6 de 238 cv também é oferecida lá, mas, de acordo com o Argentina Autoblog, não traz a mesma sensação de controle da Amarok. A Ford Ranger Raptor, vendida lá e não o Brasil, onde temos a Ranger Storm, oferece “apenas” 213 cv de potência.
Foi notado também que a entrega de potência do novo motor V6 da Amarok ocorre em rotações um pouco mais elevadas, mas tal característica, ao invés de ser criticada, recebeu elogios por parte dos argentinos, uma vez que, ao exigir um pouco mais de giro, torna a tocada mais empolgante e prazerosa.
Outro item muito elogiado nessa nova Volkswagen Amarok V6 turbodiesel de 256 cv foi a cabine, provendo qualidade de construção, conforto e posição de dirigir não encontrados em outras rivais nesse segmento de picapes médias. Segundo a publicação, essa nova Amarok é a melhor caminhonete que pode ser comprada na Argentina para quem busca um veículo para cruzar grandes distâncias, mas não necessariamente usá-lo fora da estrada.
Esse sempre foi um dos pontos fracos da Amarok, tanto no Brasil quanto na Argentina. Sem caixa de redução para o sistema 4x4, falta-lhe a robustez para a terra na comparação com a Toyota Hilux, nas palavras do site argentino. Por ser tão boa em uso rodoviário, o acerto que dá estabilidade na estrada interfere também na habilidade de sair dela.
O que os argentinos não gostaram?
No entanto, esse não foi o único ponto de crítica. Com um projeto de 2010 e nada definido para a produção de sua nova geração no país vizinho, a VW Amarok ganhou uma injeção de ânimo com o novo motor V6, mas peca em outros aspectos. Entre eles está a falta de equipamentos de segurança.
Mesmo na versão mais cara da Amarok na Argentina, eram oferecidos como itens de segurança de série apenas os airbags frontais e laterais, controle de estabilidade e frenagem pós-colisão. Itens como alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência ou monitoramento de ponto cego, encontrados em algumas das rivais, não são oferecidos na caminhonete da Volkswagen.
Outra crítica, mas não tão grave quanto a falta de novos equipamentos de segurança oferecidos de série, apontada pelos argentinos é que, enquanto a nova Amarok V6 ficou muito mais forte e melhorou seu desempenho, por fora e por dentro não há nenhum indício de que se trata de uma nova Amarok. A publicação até questiona “quanto deve custar um novo emblema?”, ao criticar a falta da identificação do novo propulsor, algo que pode ser visto apenas no documento, onde aparece a descrição completa do motor.
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Thiago ?jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva