O plano do novo "carro popular" foi finalmente detalhado pelo Governo Federal nesta segunda-feira, 5 de junho. Depois de anúncio inicial feito há 11 dias, os ministros Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e Fernando Haddad, da Fazenda, oficializaram os incentivos à indústria automotiva.

Os carros terão descontos que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil em seu preço final. Ao contrário da ideia inicial de abater PIS/Cofins e IPI, isso foi descartado e os valores serão abatidos na hora da compra na concessionária.

"O valor que a concessionária deixar de receber será coberto pela montadora, que reverterá o montante em crédito tributário. Tal crédito poderá ser usado para pagar tributos ou fazer abatimentos em declarações futuras", disse o Ministério do Desenvolvimento. O governo disse que será destinado R$ 1,5 bilhão ao plano, sendo R$ 500 milhões para automóveis de passeio e R$ 1 bilhão para caminhões e ônibus.

Para os pesados os descontos de preços podem variar de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

Imagem: Reprodução internet

Carros de até R$ 120 mil

Como havia sido anunciado previamente, os descontos para carros vão abarcar veículos de até R$ 120 mil. De acordo com o governo, isso alcança 45% dos modelos disponíveis. O critério adotado para a redução escalonada de preço se baseia em um índice resultante do desempenho do veículo em três fatores: maior eficiência energética (nível de emissão de carbono); maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno); e menor preço (ampliação do acesso).

Rafael Miotto