Novo Cerato vir?do México para o Brasil em setembro

Sed?da Kia estreia novo visual, mas deve manter mesmo patamar de preços do coreano
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Kia Cerato 2017

Kia Cerato 2017 | Imagem: Divulgação

“Amarrada” pela cota de importação imposta pelo Inovar-Auto, a montadora sul-coreana Kia terá uma mudança estratégica a partir de setembro. É quando começarão a ser vendidos os primeiros carros produzidos na nova fábrica da marca no México.

É de lá que virá o novo Cerato, sedã médio que recebeu uma leve reestilização e passou a ser montado em Pesqueria, cidade próxima a Monterrey no norte do país. A fábrica possui capacidade para 300 mil unidades por ano e abastecerá sobretudo os Estados Unidos.

O Cerato deixará assim de pagar os 35% de imposto de importação por conta do acordo entre o Brasil e o México, mas José Luiz Gandini, presidente da Kia no país, diz que preço não deve mudar já que a produção na nova fábrica tem custo mais alto que a dos modelos produzidos na Coreia do Sul.

Fábrica atrasada

Os planos da Kia em relação aos veículos trazidos do México sofreu revés pelo atraso no início da produção, que só aconteceu em maio. Com isso, outros modelos que serão feitos lá como o hatch Rio e SUV compacto KX3 ficaram para 2017. O Rio estará no Salão de São Paulo, mas numa versão coreana e só deve ser importado no início do ano que vem. Já o pequeno crossover, que brigará com modelos como o HR-V e Kicks, deve ser vendido apenas dentro de um ano.

Sportage barrado pela cota

Durante coletiva de imprensa da Abeifa, associação dos importadores de veículos, Gandini revelou que o novo Sportage esgotou o primeiro lote em poucos dias. Foram 665 unidades emplacadas em julho, número que o colocou na 3ª posição no segmento e ajudou a inflar o resultado da associação.

No entanto, o executivo reconheceu que no resto do ano não conseguirá vender mais do que 200 unidades por mês por conta da cota de importação: “Com a cotação do dólar acima de três reais é impossível absorver os 30 pontos extras de IPI dos veículos que passarem da cota”, explicou.

Segundo ele, caso a cota não existisse, a Kia poderia fechar 2016 com 24 mil unidades emplacadas. Em vez disso, devem ser vendidos pouco mais de 12 mil carros este ano caso haja mesmo um leve reaquecimento no mercado no segundo semestre. Pouco para uma marca que chegou a vender mais de 70 mil carros antes das mudanças na legislação.

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