Novo Corsa: com base de Peugeot, hatch desapontou os ingleses
Nova geração do hatch ?basicamente um 208 com visual diferente. Preço elevado e dirigibilidade apenas ok desagradaram
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Depois de alguns anos sob a direção da PSA (Peugeot-Citroën), Opel e Vauxhall (exclusiva do Reino Unido) já utilizam diversas plataformas da empresa francesa. Foi o que aconteceu com o atual Corsa europeu, com mesma arquitetura do Peugeot 208, e o que irá ocorrer com a oitava geração do Astra por lá.
Apesar de a nova trajetória ter colocado Opel e Vauxhall de volta ao caminho dos lucros, há quem viu uma piora na qualidade dos carros. Foi o caso dos britânicos da , que avaliaram um Vauxhall Corsa naquele país e não ficaram totalmente satisfeitos com a evolução do modelo, apesar de terem apontado algumas qualidades.
A unidade avaliada era a topo de linha Ultimate NAV. Por ela, são cobradas 25.990 libras esterlinas na Terra da Rainha. Na conversão direta da moeda, seria equivalente a cerca de 184,3 mil. O carro já conta com central multimídia de tela maior e diversos assistentes de condução semi autônomos. O motor era 1.2 turbo a gasolina de três cilindros, com 100 cv de potência e 20,8 kgfm de torque. O câmbio é automático de oito velocidades.
Começando pelo visual, este foi o ponto onde os britânicos mais elogiaram o carro. Gerações anteriores do Corsa, ainda sob administração da General Motors, tinham carrocerias altas, quase como vans. Com a nova geração e a plataforma da PSA, o carro ficou mais baixo, sóbrio e foi avaliado até como elegante. Na Inglaterra, o Corsa é um carro muito popular, facilmente visto como veículo de auto-escola. Assim, a mudança foi bem-vinda.
No entanto, ao mesmo tempo em que a carroceria mais baixa dá o tom elegante, ela comprometeu o espaço interno e os ingleses apontaram que o Corssa ficou menos prático e perdeu espaço para as pernas na segunda fileira. A cabine recebeu os mesmos apontamentos do exterior: apesar da aparência mais trabalhada, não foi encontrado nada ali que justificasse seu preço significativamente acima dos principais rivais.
E não foi apenas no acabamento que os britânicos viram o novo Corsa ser superado pelos rivais. Na opinião deles, o conjunto motriz se mostrou um tanto lento em acelerações e retomadas, dando a impressão de que o hatch não conseguiria acompanhar o ritmo de outros modelos compactos com pequenos motores turbinados, como o Ford Fiesta e o Volkswagen Polo.
Em termos de dirigibilidade, o novo Corsa foi apontado apenas como competente. Segundo a publicação, a condução não gera insegurança, mas não traz nenhum resquício de engajamento como em gerações anteriores do modelo. Foi dito inclusive que, em pavimentações ruins, o carro pode parecer até desconfortável, o que não condiz com o visual mais elegante.
Na conclusão, foi apontado que o Corsa de fato evoluiu, mas nem todas as mudanças foram para melhor. Com opções bem mais baratas, mais práticas e mais divertidas naquele mercado, caberá ao hatch contar com uma base fiel de compradores. No entanto, foi deixado no ar que a versão elétrica, grande aposta da Vauxhall, pode melhorar a impressão.
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Thiago ?jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva