Novo Honda HR-V: ingleses avaliam SUV que estreia no Brasil em 2022

Revista Autocar elogiou comportamento dinâmico e versatilidade da cabine, mas apontou alto nível de ruído do motor nas acelerações
Honda HR-V e:HEV

Honda HR-V e:HEV | Imagem: Divulgação

A nova geração do Honda HR-V é um dos lançamentos esperados para 2022. Revelado em outros mercados neste ano, o SUV traz um design mais futurista e motorizações exclusivamente híbridas.

A imprensa europeia já teve o primeiro contato com o modelo, que foi avaliado pela revista inglesa .

O utilitário esportivo é oferecido na Europa com o mesmo conjunto do novo Fit: um motor 1.5 de ciclo Atkinson com quatro cilindros em linha, associado a dois motores elétricos. As diferenças estão na adoção de uma bateria maior e o acréscimo de 21 cv para dar conta da carroceria maior e mais pesada. Sendo assim, a potência combinada do HR-V é de 129 cv, com torque máximo combinado de 25,8 kgfm.

A exemplo do que ocorre no Fit e no CR-V híbridos, o motor a combustão atua como gerador para manter a bateria carregada enquanto os motores elétricos tracionam as rodas. Entretanto, o motor a combustão pode movimentar as rodas por meio de uma transmissão de uma única marcha. Neste caso, o sistema desativa os motores elétricos, “uma vez que o motor 1.5 é mais eficiente em velocidades mais altas”, segundo a publicação.

Interior versátil e acabamento regular

A cabine também ficou bem mais tecnológica do que a geração atual. São duas telas, uma de 7 polegadas no painel de instrumentos e outra de 9 polegadas para a central multimídia.

A Autocar destaca detalhes engenhosos, como as saídas de ar-condicionado laterais em formato de “L”, que foram pensadas para criar uma espécie de cortina de ar capaz de isolar a cabine do calor ou frio vindo das janelas. Além de controlar a temperatura, essa solução otimiza o fluxo de ar sem a necessidade de posicionar as saídas diretamente para os passageiros.

O engenhoso sistema de rebatimento de bancos Magic Seats foi aprimorado no novo HR-V. Como o tanque de combustível está posicionado abaixo dos bancos dianteiros (fixados em uma posição 10 milímetros mais alto do que seu antecessor), o banco traseiro pode ser facilmente rebatido para transportar objetos grandes.

E falando nele, a Honda posicionou o banco de trás 30 milímetros para trás. A Autocar afirma que a alteração ampliou o espaço para as pernas dos ocupantes, mas tirou um pouco da capacidade do porta-malas: em vez de 393 litros, agora são 319 litros.

A publicação destaca que a posição de dirigir do motorista é elevada e o teto fica mais próximo da cabeça dos passageiros do que em outros crossovers. 

Sobraram elogios para a densidade dos bancos, que oferecem bons apoios lombares, e a decisão de colocar botões físicos para as funções mais importantes, como os controles de climatização, volume do sistema de som e até o alerta de permanência em faixa de rolagem - que não tem funcionamento intrusivo como em alguns modelos.

Curiosamente, a cabine combina materiais de qualidade excelente com outros abaixo da expectativa. Revestimento dos bancos, volante, botões, apoios de braço e os apliques em couro sintético merecem notas positivas, enquanto a manopla do câmbio “é feita de borracha dura” e o restante do painel, especialmente na “parte superior, é bastante áspera e parece vindo diretamente de um carro barato dos anos 80”.

Bom de guiar, mas barulhento

Ao volante, o HR-V é “notavelmente refinado”, com um isolamento acústico de ótima qualidade durante a condução, tanto na cidade quanto na estrada. De acordo com os jornalistas, “a carroceria inclina um pouco nas curvas, mas a direção mais direta assegura melhor estabilidade e um comportamento mais previsível em situações delicadas”.

A Autocar apontou que o funcionamento do piloto automático adaptativo é um pouco lento na aceleração inicial. A central multimídia também não é tão responsiva ao toque dos dedos, mas nada que prejudique seu manuseio.

Mas nem tudo são flores no SUV da Honda. A publicação destaca que o principal defeito do HR-V é o nível de ruído acima de 50 km/h, definido como “bastante cansativo”.

Ainda segundo os ingleses, “o sistema híbrido não consegue decidir se quer imitar um CVT ou uma caixa de câmbio de várias velocidades. As rotações do motor sobem de forma rápida e constante, enviando algumas vibrações leves para o volante”. 

No Brasil

De resto, a Autocar aponta que o chassis é equilibrado, o interior é aconchegante (apesar dos deslizes no acabamento) e a cabine preza pela versatilidade.

Por fim, a publicação diz que a Honda conseguiu posicionar o HR-V em uma faixa competitiva diante de seus rivais na Europa, como o Renault Arkana E-Tech e o Toyota C-HR - nenhum deles é vendido aqui.

Como antecipamos, a previsão é que a nova geração do Honda HR-V faça sua estreia aqui no Brasil ao longo do primeiro trimestre de 2022. 

 
VEJA TAMBÉM