A Fiat Strada foi lançada em outubro de 1998 e, desde então, vem se saíndo bem no mercado de picapes leves, que foi ficando cada vez menor ao longo do tempo. Hoje em dia, tem apenas o modelo da marca italiana e a Volkswagen Saveiro, pelo menos até 2026, quando será lançada a Tarok,  que ficará acima dela e abaixo da Amarok. 

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Com 38.077 unidades vendidas de janeiro a abril, conforme dados da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos), volume que representa mais que o dobro do segundo colocado entre as picapes, a VW Saveiro (17.738) e bem na frente do terceiro, a Toyota Hilux (15.002). Nesse patamar, o modelo da marca italiana o título de carro mais vendido do Brasil com o VW Polo (39.697).

Mas por que será que a Fiat Strada vende tanto? Fomos buscar a resposta com o experiente consultor do mercado automotivo, Cassio Pagliarini, um dos sócios da Bright Consulting.  Ele explica que a picape tem feito bastante sucesso em complementação ao caso da Toro, que se tornou uma das opções mais bem aceitas do mercado como uma alternativa estilosa e com bom custo-benefício por ter o apelo de um SUV e ainda o espaço na caçamba.

De carona nas boas vendas de SUVs

Imagem: Divulgação

"Quem vinha comprando um SUV passou a querer algo diferente e acabou optando pela Toro. Então, com as boas vendas desse modelo, a Fiat passou a adotar a mesma estratégia com a Strada, que ganhou versões de cabine dupla, quatro portas e câmbio automático", explica Pagliarini. 

"Com as versões de cabine dupla e câmbio automático da Strada, a Fiat teve como oferecer um carro que tem o conforto e a comodidade de um SUV e uma caçamba que tem até mais espaço e versatilidade que um porta-malas", complementou o executivo.  A questão do preço mais acessível da Strada nesse terreno das picapes de cabine dupla também ajuda a explicar tanto sucesso do modelo. 

Some-se a isso a falta de concorrentes diretos, e você terá mais um e bom argumento que explica as razões pelas quais a Fiat Strada vende tão bem. Hoje em dia, a versão de cabine dupla mais em conta do modelo tem preço sugerido de R$ 118.490, a Freedom 1.3. E a mais cara é a Ultra, 1.0 turboflex automática, de R$ 137.990.

Imagem: Divulgação

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Carlos Guimarães

Jornalista há mais de 20 anos, já acelerou várias novidades, mas não dispensa seu clássico no final de semana