Por questões políticas, FCA retira proposta de fusão com a Renault
Envolvimento da Nissan nas negociações também pesaram para a FCA
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De uma forma abrupta e pegando todo mundo de surpresa, a FCA emitiu um comunicado na noite de quarta-feira (5) declarando que “decidiu pela retirada com efeito imediato da proposta de fusão feita ao Groupe Renault”.
O anúncio ocorreu horas depois de outra declaração, dessa vez da Renault, informando que seu conselho administrativo não havia conseguido chegar a um acordo sobre a proposta da FCA e os representantes do Governo francês pediram para postergar o voto sobre o tema.
Em sua declaração para a imprensa, a Fiat Chrysler aponta que “permanece firmemente convencida quanto à lógica sólida e transformadora da proposta, que foi amplamente apreciada desde a sua submissão, cujos termos e estrutura foram cuidadosamente equilibrados para entregar benefícios substanciais para todas as partes. Entretanto, ficou claro que as condições políticas na França inexistem neste momento para o prosseguimento bem-sucedido de tal combinação”.
O comunicado da Fiat Chrysler segue revelando que “expressa seus sinceros agradecimentos ao Groupe Renault, em particular ao seu presidente e ao seu CEO, e também aos parceiros da Aliança na Nissan Motor Company e na Mitsubishi Motors Corporation, pelo engajamento construtivo em todos os aspectos da proposta da FCA. A FCA continuará alcançando seus objetivos por meio da implementação de sua estratégia independente”.
A possível fusão, que, se concretizada, envolveria uma troca de ações na casa de US$ 35 bilhões e criaria o terceiro maior conglomerado automotivo do mundo, também não avançou pela falta de apoio da Nissan ao acordo entre FCA e Renault, relatam algumas notícias de bastidores na Europa.
Para a FCA também era importante ter acesso às tecnologias da Nissan, porém os dois representantes da marca japonesa no conselho administrativo da Renault iriam votar contra a fusão, o que colocaria em xeque até mesmo o comprometimento futuro da Nissan em preservar a aliança com a Renault.
O governo francês, que é o maior acionista da Renault, também entrou no jogo revelou que não aceitaria o acordo de fusão caso ele colocasse em risco a aliança Renault-Nissan. As autoridades francesas também queriam ter mais garantias de que preservariam um bom nível de influência nas decisões da nova empresa que seria criada com a fusão, além de reafirmar a manutenção dos empregos no país.
O fim das negociações entre FCA e Renault pode ser lamentado, uma vez que a fusão poderia trazer benefícios ao Brasil, como abordamos em um especial aqui no Autoo.
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O "Guru dos Carros", César Tizo se juntou ao time este ano e est??frente dos portais AUTOO e MOTOO. ?o expert em aconselhar a compra de automóveis