Primeira picape Alaskan é produzida pela Renault na Argentina
Primeira da Nissan Frontier, modelo ainda é uma unidade de pré-serie e foi montada na fábrica de Santa Isabel. Chegada ao Brasil está nos planos
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A Renault finalizou a montagem "oficial" da primeira picape Alaskan produzida na Argentina na semana passada. Derivada da Nissan Frontier, a caminhonete traz poucas diferenças em relação à "prima", mas simboliza a volta da marca francesa ao segmento com um veículo capaz de transportar uma tonelada de carga.
A montadora surpreendeu o mercado ao dar início à fabricação da Alaskan há algumas semanas. Mostrada no Salão de São Paulo em 2018, a picape teve o projeto congelado por conta dos problemas econômicos na região. Nesse meio tempo, o projeto conjunto entre Nissan Renault e Mercedes teve a baixa da marca alemã, que desistiu de montar a Classe X em Santa Isabel - mais tarde o modelo acabaria encerrado prematuramente.
Segundo a Renault, a primeira "fornada" de picapes tem o objetivo de validar o sistema de produção e o treinamento dos funcionários, os quais foram aprovados. "Estou extremamente orgulhoso da equipe da fábrica Santa Isabel, que, apesar das mudanças no contexto do Covid-19, está respeitando os prazos já bastante ambiciosos. A motivação que eles têm é incrível: fabricar nossa primeira picape de 1 tonelada com a melhor qualidade", afirmou Pablo Sibilla, presidente e CEO da Renault Argentina.
Além dos detalhes visuais, a Alaskan é muito semelhante à Frontier. Utiliza o mesmo motor turbodiesel de 2.3 litros e até 190 cv e transmissões manual (6 velocidades) e automática (7 marchas) com tração 4x4.
Meta de superar a Frontier
Ao menos na Argentina, a Alaskan, que deve chegar ao mercado até o final do ano, deve superar a Frontier em vendas. A explicação é que a marca francesa possui uma rede de concessionária muito mais ampla que a Nissan, que vendeu pouco mais de 2.700 unidades no ano passado contra 25 mil da líder Hilux.
Por isso, a chegada da Alaskan ao Brasil é praticamente certa. Não há como bancar os custos de produção do modelo sem contar com as vendas em nosso país, a despeito de todos os problemas atuais. A Renault brasileira, inclusive, tem perdido espaço no mercado com a Oroch, que não conseguiu colher os mesmos frutos da rival Fiat Toro - foram apenas 13 mil emplacamentos no ano passado.
Com a picape média, a Renault teria a chance de superar essa marca com um produto cujo ticket médio é bem maior. Se a Frontier vende três vez mais no Brasil que na Argentina, certamente a montadora francesa poderia emplacar mais de 10 mil Alaskan por aqui. Em tempos de crise, trata-se de um volume nada desprezível. Consultada pelo Autoo em junho, a subsidiária brasileira da Renault adiantou que o segmento de picapes médias no qual a Alaskan está inserido é “importante e competitivo”, porém a marca, de forma oficial, não confirma a importação da picape ao Brasil. Apesar disso, a expectativa é que isso ocorra em 2021.
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