A primeira picape da Ram fabricada no Brasil e o primeiro veículo concebido e desenvolvido pela marca no país, a Rampage, foi lançada em meados de 2023 para concorrer diretamente com nomes de peso como a líder Fiat Toro (também do grupo Stellantis), além de Ford Maverick e a Renault Oroch.

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Se depender dos números de venda, a novata tem tudo para subir no pódio este ano. Em junho - primeiro mês de lançamento - a Rampage ocupava a 37ª posição com apenas 13 vendas e dentro de dois meses subiu para a 22ª  com 175 emplacamentos. Já em dezembro ocupou o 7° lugar entre os comerciais leves mais vendidos com 2.490 unidades e no acumulado ficou na 12ª posição com 8.637 veículos emplacados. Os dados são da Fenabrave.

Rampage: esportividade e lazer combinam com a picape da Ram

O visual esportivo e agressivo da Rampage conseguiu agradar em cheio aqueles que sonhavam com um modelo da Ram, mas que não podiam pagar mais de R$ 350 mil.

Atualmente, ela é tabelada em iniciais R$ 244.790. Tudo bem que não tem o tradicional propulsor V8 das maiores 1500, 2500 e 3500 da Ram, mas o design imponente da caçula traz características marcantes, digno das representantes tradicionais da divisão da Stellantis.

Por falar em motor, a Rampage tem o mesmo motor do Jeep Wrangler, o T4 Hurricane 2.0 16V de quatro cilindros turbo a gasolina “alimentado” por injeção direta e com duplo comando de válvulas no cabeçote que rende a potência de 272 cv e incríveis 40,8 kgfm disponíveis a 3.00 rpm. Juntamente com a transmissão automática de nove velocidades, a Rampage é ágil para suas quase 2 mil toneladas de peso total. No 0 a 100 km/h são necessários só 7,1 segundos enquanto que a velocidade máxima é de 210 km/h.

Já o espaço interno deixa a desejar, sobretudo para um utilitário que tem as seguintes dimensões: 5,02 m de comprimento, 1,88 m de largura, 1,78 m de altura e longos 2,99 m de entre-eixos. Atrás, o espaço é razoável para quatro adultos, devido ao túnel central mais elevado. Fora isso, os mais altos precisam tomar cuidado para não dar ajoelhadas atrás do encosto dos bancos dianteiros.

Vendida em três versões (Rebel, Laramie e R/T), a Rebel já vem bem recheada com abertura remota da tampa traseira, acendimento automático dos faróis, ajuste elétrico de altura do farol, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e ciclistas, Android Auto e Apple CarPlay sem fio, tração 4X4 Auto e 4X4 Reduzida, sete airbags, quadro de instrumentos Full Digital de 10,3", saídas de ar traseiras, roda de liga leve de 17 polegadas, partida remota, ar-condicionado digital dual zone e muito mais!

Toyota Hilux é mais recomendada para o trabalho e oferece espaço interno superior

Imagem: Divulgação

Já a Toyota Hilux, por R$ 242.590 na versão de entrada STD Power Pack, é mais comedida em relação ao pacote de equipamentos, mas nem por isso faz feio, sobretudo para o trabalhador. Já vem com: ar-condicionado (manual),  vidros elétricos e sistema de abertura com um toque motorista, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, sete airbags, assistente de reboque, assistente de subida, sistema de alarme perimétrico e luz de frenagem emergencial automática, assistente de reboque e assistente de subida (HAC) e sistema Multimídia com tela de 9" sensível ao toque, rádio com MP3, entrada USB, conexão Bluetooth, conexão wireless para smartphones  e tablets através do espelhamento Android Auto e Apple CarPlay entre outros.

No entanto, o visual é mais simplista, sem apliques das grades, para-barros e capas dos retrovisores externos cromados ou pintados das versões mais caras. Além disso, os faróis são simples (halógenos) e as rodas de aro 17 são de aço e pintadas de preto fosco. Por dentro o acabamento também é mais simplório, como é de praxe, mas que nem por isso desaponta. Os bancos - sem regulagem de altura - têm revestimento de couro sintético igual das versões mais caras.

O volante não conta com o mesmo acabamento e reúne apenas comandos integrados de telefone, áudio, vídeo e computador de bordo - o das versões mais equipadas, por exemplo, agregam o recurso do Toyota Safety Sense e controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo.

Mas é no espaço interno que a Hilux conta a seu favor. Por conta de seus 3,08 m de entre-eixos, os dois passageiros de trás viajam com relativo conforto. Digo dois, pois a saída de ar traseira e o túnel central elevado acabam roubando o espaço reservado para as pernas do passageiro do meio. Além disso, o sistema de suspensão traseiro por feixe de molas semielípticas, tradicional em picapes maiores não trazem o conforto e estabilidade de utilitários menores como a Rampage, por exemplo. Em compensação, a caçamba tem capacidade para 1.000 litros e suporta 1.025 kg de carga útil, ou seja, superior em 20 litros e 275 kg, respectivamente, em relação à picape Rampage.

Sob o capô, a Hilux STD Power Pack conta com um motor quatro cilindros 2.8 16V turbodiesel com injeção direta e duplo comando de válvulas no cabeçote que rende 204 cv de potência e 42,8 kgfm de torque, a 3.400 rpm. Disponível com câmbio manual de seis marchas, faz de 0 a 100 km/h em 12 segundos e velocidade final de 180 km/h, segundo a Toyota. 

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