Raro Renault Twingo à venda tem valor menor que de um notebook novo
Hatch da série especial Initiale Paris é do ano 2002 e tem apenas 66 mil km
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O Renault Twingo chegou ao Brasil importado da França em 1994 e, hoje, ele é idolatrado não só por aqui, como também nos quatro cantos do mundo: um carro “cult” que já “nasceu” clássico e hoje é um modelo neo colecionável e com preço acessível.
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É o caso deste Renault Twingo Initiale Paris 2002, um dos raros sobreviventes da cultura pop francesa, que já vinha de série com itens que a versão normal não vinha. Bancos e volante revestidos em couro na cor bege, CD player com comando satélite, ar-condicionado, direção assistida, rodas exclusivas e faróis de neblina eram alguns deles.
Conforme citado no anúncio da loja O Acervo, o exemplar da Renault tem apenas 66 mil km originais e sua apresentação é impecável. Todo o interior, bem como a parte externa estão em perfeita sintonia com a baixa quilometragem. Os pneus são novos, bem como as rodas, sem ralados ou manchas.
Já o motor que equipa o monovolume é o 1.0 16V de quatro cilindros a gasolina de 70 cv de potência foi revisado e está apto a ir para qualquer lugar, sem grandes surpresas no caminho. Por ser um veículo voltado para o uso urbano, o consumo é algo surpreendente, com as marcas de 10 km/l na cidade e até 16 km/l na estrada, segundo o Inmetro.
Por tudo isso, a loja está pedindo apenas R$ 35.900 pelo Twingo Initiale Paris, o que é menos ao de um notebook Samsung Book4 Ultra e, quem sabe, com grandes chances de valorizar nos próximos anos.
O projeto do Renault Twingo
Imagem: Reprodução/ O Acervo
O projeto do Renault Twingo começou em 1989, quando o diretor de projeto Yves Dubreil foi convidado a criar um carro pequeno que também fosse prático, econômico e confortável, mas não um rival direto do Clio. Três anos depois, o Twingo foi revelado no Paris Motor Show, com o carro entrando em produção em 1993.
Inicialmente, o hatch francês foi vendido em única versão, com motor 1.2 de 55 cv e um nível de acabamento interno elogiável para um carro de entrada. Para alguns mercados, era possível pedir à parte o teto de lona dobrável.
A irreverência do monovolume da Renault estava em toda parte de seu projeto, a começar pelo nome “Twingo”, uma mistura das danças tango, swing e twist. Outro “easter eggs” - expressão em inglês usada para descrever segredos ou referências escondidas em objetos - estava nos comandos e botões que remetiam ao movimento e à alegria.
As cores disponíveis também eram o chamariz para atrair principalmente o público mais jovem e antenado nas novas tendências mundiais. O azul ultramarino, amarelo indiano, vermelho coral e verde coentro eram algumas das irreverentes opções de tonalidades da carroceria.
Na cabine, o espaço era surpreendentemente amplo, por conta de seus diminutos 3,43 metros de comprimento. O segredo está na modularidade dos quatro bancos individuais que podiam ser dobrados para criar uma cama de casal improvisada.
A popularidade da primeira geração teve impacto positivo, do ponto de vista econômico, à marca francesa que conseguiu acumular nada menos que 2.444.455 unidades vendidas até o fim de sua produção, em 2002.
magem: Reprodução/ O Acervo
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Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.