Como não poderia deixar de ser, a Renault foi discreta ao encerrar a produção do SUV Captur no Brasil. O modelo já estava com os dias contados no país, mas com a pré-apresentação do novo SUV Kardian, cuja produção começa em janeiro, a marca francesa acabou confirmando que o modelo lançado em 2017 não vai mais sair da linha de montagem em São José dos Pinhais (PR).

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Em comunicado oficial, a Renault diz que o Captur sofreu impactos pela falta de componentes e teve seu ciclo de produção encerrado no Brasil. O modelo recebeu o eficiente motor 1,3 turboflex em 2021, desenvolvido  em conjunto com a Mercedes-Benz, nas isso não foi suficiente para aumentar as vendas.

No ano passado, conforme dados da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos), o Renault Captur teve 3.007 unidades vendidas, ocupando o 25º lugar entre os SUVs, ficando  atrás do Chevrolet Trailblazer (3.208) e na frente do Hyundai Tucson (2.239).

De janeiro até setembro deste ano, o utilitário teve apenas 304 unidades vendidas, quase na lanterna do ranking, na frente somente do híbrido Kia Niro (195). Desde seu lançamento, o Captur acumulou pouco mais de 90 mil unidaes emplacadas - nesse período, o Duster teve quase 147 mil vendas.

Imagem: Divulgação

O Renault Captur chegou há seis anos no Brasil com a mesma base do Duster, mas com uma pegada um pouco maiis refinada, entretanto, sem chegar no mesmo patamar que seus principais rivais, como Volkswagen T-Cross, Chevrolet Tracker e companhia.

Além disso, o carro sofreu com falta de componentes vindos da Rússia, onde nasceu como Kaptur, com K. 

Antes de sair de linha o Renault Captur vinha sendo oferecido em três versões com motor 1.3 turboflex de 170 cv, entre R$ 142.990 e R$ 162.190, valores bem acima do Duster, que atualmente custa entre R$ 115.990 e 148.990 na versão topo de linha. 

Além do Renault Kardian, a marca terá outros modelos fabricados sobre a nova plataforma global, inclusive um SUV médio para concorrer com Jeep Compass, Caoa Chery Tiggo 8 e companhia, em uma nova fase em que passará a oferecer produtos e maior valor agregado e com algum grau de eletrificação, como manda o figurino daqui em diante no setor automotivo.

Imagem: Divulgação

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Carlos Guimarães

Jornalista há mais de 20 anos, já acelerou várias novidades, mas não dispensa seu clássico no final de semana