Renault Kiger: indianos avaliam o SUV do Kwid
Inédito SUV pequeno estreou no país e tirou elogios da imprensa local, que o chamou de 'mini-Duster'
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Depois de muita antecipação, a Renault iniciou as vendas do Kiger na semana passada para o mercado indiano. O modelo compartilha a plataforma CMF-A+ da marca com o Nissan Magnite e surpreendeu por lá por seus preços, que partem 545.000 rúpias, ou cerca de R$ 41 mil na conversão direta da moeda.
Apesar do pouco tempo de mercado, o modelo já acumulou mais de 32.000 pedidos na Índia e se tornou o SUV mais acessível daquele país. Com isso, aguçou a curiosidade da imprensa local. Um dos veículos que já andou no Renault Kiger foi o , que avaliou a versão topo de linha RXZ turbo manual, de 855.000 rúpias (R$ 64,4 mil).
O que o Renault Kiger traz?
O novo SUV subcompacto da marca na Índia usa uma variante alongada da plataforma do Kwid. Nas medidas, tem 3,99 m de comprimento, 1,75 m de largura e 2,50 m de entre-eixos. Seu porta-malas é generoso, com 405 litros de capacidade. Para honrar um pouco sua denominação de utilitário esportivo compacto, oferece 205 mm de altura em relação ao solo.
Em termos de mecânica, o Renault Kiger oferece sempre um motor 1.0 de três cilindros. Ele pode ser aspirado, entregando 72 cv de potência e 9,7 kgfm de torque, ou turbinado, com 100 cv e 16,2 kgfm. As opções de câmbio são manual de cinco marchas, automatizado com o mesmo número de relações e automático CVT. A caixa automática será oferecida apenas com o motor turbo.
O novo Renault Kiger pode receber uma série de equipamentos que são mais facilmente encontrados em modelos mais caros. Na versão RXZ topo de linha, o SUV traz chave presencial, sistema de som aprimorado, luz ambiente, faróis e lanternas de LED, painel de instrumentos digital, porta-luvas refrigerado e rebatimento elétrico dos retrovisores externos. Sua central multimídia tem tela de 8 polegadas e compatibilidade com Android Auto e Apple Car Play sem fios.
O que acharam do Renault Kiger?
Logo ao se dar a partida, o Autocar India relatou que o propulsor 1.0 é bastante silencioso, mas não é perfeito. Ele passa trepidações perceptíveis no volante e na alavanca de câmbio. No entanto, seu desempenho foi descrito como satisfatório. Sua entrega de força também foi bem linear, mantendo o ritmo entre 1.700 rpm e 5.000 rpm. Os quatro modos de condução (Eco, Sport, Normal e Neve) também foram elogiados.
Outro elemento que surpreendeu foi o acerto do conjunto de suspensão do Renault Kiger. De acordo com a publicação, ele foi capaz de controlar bem os movimentos da carroceria, evitando maiores movimentações do carro nas mudanças de direção. Enquanto a qualidade do rodar se mostrou um tanto firme, foi dito que não era cansativa e os indianos afirmaram que o pequeno SUV se comporta mais como um “mini-Duster”.
O que mais impressionou, porém, foi o visual. Enquanto os rivais como Hyundai Venue, optaram por um caminho mais tradicional, com linhas retas e quadradas, a Renault deu contornos mais interessantes ao Kiger. São elementos como a coluna C inclinada e grande grade com barras horizontais cromadas, que dão uma impressão de que o carro é mais largo.
Por dentro, os indianos se disseram impressionados com o visual mais inspirado da cabine, trazendo elementos que trazem um visual mais premium, como insertos cromados em volta dos botões. O espaço também foi elogiado, mesmo no banco traseiro. O que não escapou sem críticas, porém, foi o acabamento. De acordo com a publicação, há um uso expressivo de plásticos e alguns elementos parecem baratos, como o parasol, por exemplo.
Na conclusão, o Autocar India diz que, o que o cliente adquire com um Renault Kiger é um SUV pequeno confortável, bom de dirigir, agradável ao olhar e bem equipado pelo preço. Foi levantado que o modelo deixa de lado itens como teto solar ou controle de cruzeiro, mas a novidade traz uma forte proposta de valor.
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Thiago ?jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva