Renault Sandero tem valor de Honda CB 300F Twister 0 km no mercado de usados
Hatch da primeira geração sai a partir de R$ 22 mil e traz vários pontos fortes, mas acabamento deixa a desejar
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Lançado no final de 2007, o hatch compacto Renault Sandero foi oferecido inicialmente em três versões: a de entrada Authentique equipada com motores 1.0 16V (77/76 cv) e 1.6 8V (95/92 cv); a intermediária Expression, disponível com as mesmas motorizações da primeira e, por fim, a top Privilège, oferecida somente com motor 1.6 de 8 válvulas e 16V (112/107 cv).
Além destas, havia a pseudo versão aventureira 1.6 16V Stepway, com suspensão elevada em 40 mm, além de adereços plásticos nos para-choques e arcos das caixas de rodas, faróis com máscara negra, rodas de aro 16 e rack no teto.
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Dependendo da versão, o Renault Sandero poderia vir com ar-condicionado, direção hidráulica, rodas de aro 15, alarme, computador de bordo, faróis de neblina e trio elétrico. Mas, na topo de linha, airbags, freios ABS e bancos em couro só vinham como opcionais.
A primeira geração do hatch da Renault teve também algumas séries especiais como a Nokia de 2008 que oferecia um kit de comunicação com Bluetooth, telefone celular e GPS; Vibe de 2009, com algumas mudanças estéticas e revestimento com grafismos exclusivos e GT Line com visual mais agressivo. A maior mudança ocorreria em 2012 com novos faróis, lanternas, para-choques e a opção do câmbio automático de quatro marchas para a Privilège.
Prestes a ganhar uma nova geração, o Sandero ainda ganharia mais duas edições limitadas: Tech Run, baseada na versão Expression e equipada com o motor 1.0 16V e detalhes esportivos (2013) e Tweed, baseada na Stepway e inspiração no mundo da moda, com padrões xadrez clássicos.
PONTOS CRÍTICOS PARA CHECAR COM ATENÇÃO
Imagem: Divulgação
1- Direção
A caixa de direção apresenta folga dentro da carcaça que causa constantes barulhos. Por conta disso, é comum aparecer desgastes irregulares dos pneus dianteiros devido à dificuldade de fazer corretamente o alinhamento da direção.
2- Acabamento
Painéis e portas são verdadeiras fontes de ruídos por causa do mau isolamento acústico. Dependendo do caso, às vezes um simples reaperto de parafusos pode resolver o problema.
3- Bancos
O revestimento dos bancos é muito frágil e não é difícil desfiar o tecido. Alguns donos são mais cuidadosos e forram com capas específicas para bancos.
4- Espelhos e maçanetas
Espelhos e maçanetas sem pintura com o tempo desbotam com facilidade. A solução é aplicar sempre um silicone ou renovador de partes plásticas que devolvem a aparência original.
5- Suspensão
Costuma apresentar ruídos e isso era um problema precoce desde quando o hatch ainda era novo. Dependendo do problema, há casos que é preciso substituir as buchas da barra da direção.
QUAL VERSÃO VALE MAIS A PENA
Imagem: Divulgação
Fruto da plataforma B0 (a mesma do Logan), o maior trunfo do Renault Sandero está no bom espaço interno e no porta-malas volumoso. Portanto, se você dá valor para o espaço interno, mas não gosta de sedãs, ele pode ser a sua próxima escolha. Os valores cobrados pelas primeiras unidades 2007 e 2008, por exemplo, costumam sair entre R$ 22 e R$ 25 mil, preços próximos aos de uma (R$ 22.370).
Mas tome cuidado com valores muito abaixo do mercado, pois já diz o ditado que o barato sai caro. A primeira dica é dar preferência para unidades mais equipadas com ar-condicionado, vidros e travas elétricas; assim as chances de revenda são sempre maiores.
O que desagrada no hatch é o acabamento que conta com mau isolamento acústico das portas e painel de instrumentos, tecidos de baixa qualidade, conforme citado anteriormente. Outro ponto negativo é a péssima localização dos botões de acionamento dos vidros, problema solucionado somente na linha 2012, quando surgiu a primeira reestilização.
Outro ponto citado e que merece atenção na vistoria é durante o test drive, atentar para as possíveis folgas na caixa de direção hidráulica. A Renault inclusive chegou a convocar um recall de algumas unidades dos modelos 2012 para verificação e quando necessário a substituição da caixa de direção por uma nova, pois de acordo com a empresa, havia o risco do travamento em casos extremos.
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Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.