Tido como um coadjuvante no portfólio da Honda desde que chegou ao Brasil em 2009, o sedã City tornou-se neste ano o principal produto da marca japonesa por aqui, com 4,3 mil unidades emplacadas até a primeira quinzena de março – o HR-V, segundo da marca, tinha 2,9 mil carros nesse mesmo período.

Embora parte dessa mudança envolva a nova geração, maior e mais sofisticada, é também na falta de outros veículos de volume que reside o principal motivo do “upgrade” do sedã compacto.

Como se sabe, a Honda decidiu encerrar a produção nacional do Civic, irmão maior do City, e passará a importar a nova geração do modelo.

Ao mesmo tempo, o mais relevante veículo da marca, o SUV HR-V, está em meio a um processo de mudança de geração, e isso parece estar afetando os estoques já que as vendas caíram bastante em 2022.

Imagem: AUTOO

Sem “rivais internos”, o City sedã se destacou, chegando a 2.325 emplacamentos em fevereiro, melhor marca do modelo desde o final de 2015. Naquela época, o mercado brasileiro vivia o fim de um período de sonhos, com níveis de vendas bem mais altos que hoje.

Com a soma do City hatchback, em começo de carreira no Brasil, o compacto deve liderar as vendas da Honda por algum tempo já que a fabricante não parece ter planos para lançar um modelo de grande volume tão cedo.

Mesmo o HR-V de nova geração pode acabar não atingindo grandes volumes por uma combinação de posicionamento mais elevado na categoria e o fato de que a Honda não é muito adepta das vendas diretas, preferindo negociações mais convencionais (e lucrativas) com seus clientes.