Sindicatos pedem ''nacionalização'' da Ford
Representantes dos metalúrgicos que trabalhavam para a montadora querem que o governo absorva os ativos da empresa
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Desde o anúncio do fechamento de suas fábricas no Brasil, a Ford está enfrentando dificuldades para completar tal processo. Um dos motivos é que os sindicatos dos metalúrgicos das regiões onde a marca mantinha suas fábricas conseguiram junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) o bloqueio das demissões até o final das negociações com os empregados.
Enquanto a Ford não pode mais realizar acordos individuais com seus trabalhadores, os sindicatos teriam levantado uma nova possibilidade para solucionar a questão. De acordo com Leandro Alves, colunista da , os representantes sindicais levantaram uma alternativa curiosa: nacionalizar a Ford.
Tal ação já teria ganhado repercussão no Congresso Nacional e a ideia seria de o governo e os trabalhadores absorverem os ativos industriais da Ford. Os funcionários, em regime de autogestão, assumiriam a produção e retomariam a fabricação de Ka e EcoSport, além das linhas de montagem de motores e componentes.
Segundo o colunista, sindicalistas e deputados já articulam a apresentação de um Projeto de Lei para concretizar a “nacionalização”. O argumento para justificar a ação seria que a Ford se beneficiou de empréstimos junto ao BNDES, além de descontos de IPI e ICMS graças ao Regime Automotivo do Nordeste. Em débito com o governo, os envolvidos pedem que a dívida seja resolvida pela absorção dos ativos da empresa.
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Thiago ?jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva