SLS AMG: o asa de gaivota voltou
Mercedes-Benz recria clássico dos anos 50 em formato de superesportivo
O que parecia ser uma parceria perfeita entre uma das marcas mais avançadas do mundo e uma das duas equipes mais famosas e vitoriosas da Fórmula 1 acabou virando um fracasso inesperado. Mercedes-Benz e McLaren, sócias na categoria mais importante do automobilismo, fizeram o óbvio em 2003: lançaram um superesportivo com o melhor de ambas, o SLR McLaren, que naufragou nas vendas.
“Amigos, amigos, negócios à parte” devem ter dito ambas ao decidirem construir cada qual o seu sucessor para o modelo conjunto. A McLaren revelou o MP4-12C nesta quarta-feira, já a Mercedes apresentou o SLS AMG hoje na Alemanha.
Em comum apenas a intenção de se firmar no concorrido segmento dos supercarros. A receita, como se vê, é bem diferente. A Mercedes-Benz, com mais tradição, optou por buscar inspiração num clássico dos anos 50, o 300SL Gullwing, mais conhecido pelas portas “asa de gaivota”, que se abrem para cima e para o lado – nada práticas, mas estilosas.
O SLS AMG lembra demais o 300SL, mas com os incrementos estilísticos do século 21. Perto do SLR, no entanto, ele parece pequeno. Melhor não menosprezar seu potencial. Seu motor V8 6.3 litros preparado pela AMG oferece 571 cv de potência e cerca de 65 kgfm de torque – a relação peso/potência é de apenas 2,84 kg para cada cavalo de potência.
O desempenho é levemente inferior ao do SLR, mas o SLS é menos potente que seu antecessor: a velocidade máxima é de 317 km/h contra 334 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h feita em 3,8 segundos ante 3,7 segundos do McLaren.
O importante é que a Mercedes quer tornar o SLS AMG mais acessível que o SLR, considerado caro demais pelo que oferecia. Enquanto este custava em torno de 346 mil euros o SLS sairá por 200 mil euros.
Uma coisa é certa: o novo superesportivo da Mercedes-Benz será inconfundível nas ruas.