A sétima geração do Ford Fiesta ganhou um facelift para o mercado europeu. Sem futuro no Brasil, onde deixou de ser vendido em 2019, o modelo segue vivo no velho continente, sendo um dos principais produtos da marca norte-americana. Embora discreta, a mudança foi realizada para marcar de perto o Volkswagen Polo, que ganhou um visual atualizado há poucos meses.

No caso do Fiesta, a Ford preparou as maiores mudanças na dianteira do carro. Novos faróis, que agora são em LED em todas as versões, grade e para-choque foram todos atualizados. Lanternas escurecidas e um para-choque renovado são as principais mudanças na traseira do carro.

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As rodas variam de acordo com a versão, mas também ganharam novos desenhos em todas elas. Já no interior há um novo painel de instrumentos digital com tela de 12,3 polegadas. De resto, quase tudo seguiu como antes. 

Mecanicamente, talvez a maior mudança tenha sido realizada no modelo ST. Equipado com o motor EcoBoost híbrido leve de 1.5 com 200 cv de potência. Embora a potência seja a mesma, o torque teve um ganho de 10% nos números. Ele agora entrega 32,6 kgfm, e o carro faz de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e 230 km/h.

Já as demais versões seguem equipadas com o propulsor 1.0 Ecoboost de 100 cv, 125 cv ou 155 cv, sendo que essas últimas também utilizam o sistema híbrido leve de 48 volts. 

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Fiesta Furgão

Na Europa, é comum que hatches recebam versões na configuração furgão para o trabalho. E a Ford lançou o Fiesta Van junto com os demais modelos. Ele também utiliza o propulsor Ecoboost híbrido leve 1.0 de 125 cv. 

Por mais que seja um modelo voltado ao trabalho, ele tem lá seus mimos. É o caso Active Park Assist, que permite realizar balizas de maneira automática. No futuro, a Ford promete adicionar o controle adaptativo de velocidade de cruzeiro, sensor de ponto cego e alerta de tráfego cruzado.

Sucesso e fracasso no Brasil

O Fiesta foi por muito tempo um dos principais veículos da Ford no mundo. O Brasil conheceu o modelo em meados da década de 90, quando a montadora o trouxe da Espanha em sua retomada no país após o fim da Autolatina, parceira com a VW.

Foi o Fiesta produzido na então nova fábrica de Camaçari, na Bahia, que marcou o crescimento de vendas da Ford no início do século. Com bom espaço interno e um pacote mecânico robusto, o hatch e depois o sedã compacto tiveram enorme aceitação no mercado. Veio então o New Fiesta, projeto que inaugurava um estilo mais ousado e futurista, mas que acabou não correspondendo à expectativa. Primeiro trazido do México e depois fabricado em São Bernardo, o compacto premium teve pouca penetração, além de apresentar problemas como no câmbio Powershift.

Quando a marca norte-americana decidiu criar um Ka nacional, o Fiesta perdeu o lugar como modelo de entrada e não demorou para que saísse de cena, já indicando o que viria a ser o fim da produção de veículos da Ford no Brasil.

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Leo Alves