Sucessor do Veyron, novo Bugatti Chiron traz motor de 1.500 cavalos
Novo superesportivo da Bugatti consegue ir de 0 a 100 km/h em menos de 2,5 segundos
A partir de agora, ao avistar no retrovisor um carro com quatro LEDs no farol, não pense duas vezes antes de dar passagem. A Bugatti revelou nesta semana o novo Chiron, inédito superesportivo que chega para substituir o Veyron, que chama atenção logo de cara pelo visual moderno (com forte inspiração no conceito Vision Gran Turismo) e, obviamente, pelo conjunto mecânico que impõe um baita repeito.
O novo Bugatti Chiron nada tem a ver com seu antecessor, com exceção de alguns componentes. No visual, além dos faróis com blocos de LED, o superesportivo traz a tradicional grade vertical da marca, vincos marcantes no capô e um arco na lateral, que dá ao modelo uma pintura em dois tons, além das lanternas formadas por uma barra horizontal de LED e o enorme aerofólio. Há ainda rodas de 20 polegadas na dianteira e 21 polegadas na traseira.
Já o interior não abusa das formas e opta pelo minimalismo. Há como destaque o volante com o botão de partida do motor e o seletor dos modos de condução, acabamento em couro, fibra de carbono e alumínio, arco central iluminado e console central com comandos do ar-condicionado, além do painel de instrumentos digital com o sistema multimídia e o navegador GPS.
Em relação ao Veyron, o novo Chiron está 82 mm mais longo (4.544 mm), 40 mm mais largo (2.038 mm) e 53 mm mais alto (1.212 mm), enquanto a distância entre-eixos sofreu aumento de 1 mm (2.711 mm). Por conta disso, o espaço para os ocupantes ficou maior, com 12 mm a mais na altura. O peso, por sua vez, subiu 155 kg, chegando a 1.995 kg.
Na motorização, há uma nova versão do motor W16 (dezesseis cilindros em “W”) quad-turbo de 8.0 litros a gasolina usado no bólido antigo, agora capaz de desenvolver nada mais, nada menos que 1.500 cavalos de potência, a 6.700 rpm, e pesados 163,1 kgfm de torque, entre 2.000 e 6.000 giros. Entre as mudanças, há um novo coletor de admissão em fibra de carbono, sistema de injeção com 32 injetores individuais, turbocompressores maiores e mais poderosos, intercooler revisto e um novo sistema de escape de titânio com seis catalisadores.
Acoplado a um câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem, além de tração nas quatro rodas (com diferencial controlado eletronicamente com função de vetorização), este propulsor consegue levar o Bugatti de 0 a 100 km/h em menos de 2,5 segundos, de 0 a 200 km/h em menos de 6,5 s e de 0 a 300 km/h em menos de 13,6 s. A velocidade é limitada a 420 km/h.
Outros destaques incluem chassi de fibra de carbono, freios de carbono-cerâmica com pinças de oito pistões na dianteira e seis pistões na traseira, sistema de suspensão adaptativa, pneus Michelin 285/30 R20 e 355/25 R21 que são “mais fáceis de instalar e permitem menores despesas operacionais” e cinco modos de pilotagem: Lift, Auto, Autobahn, Handling e Top Speed.
O novo Bugatti Chiron será apresentado no Salão de Genebra e deve começar a chegar às ruas em outubro. Serão produzidas 500 unidades do modelo, sendo que 150 já foram encomendadas, na planta de Mosheim, na França. Cada exemplar custa “apenas” US$ 2,61 milhões, o equivalente a R$ 10,3 milhões numa conversão direta.