Teste: Hyundai HB20 1.6 Premium 2017
Completando 5 anos de mercado, Hyundai HB20 atinge a maturidade com ótimo patamar de vendas
Você já conferiu aqui no AUTOO o teste do Chevrolet Onix, modelo que tornou-se o carro mais vendido no Brasil a partir de 2016 e desde então mantém a liderança do ranking de vendas do mercado brasileiro. Ele é seguido de perto pelo Hyundai HB20, que avaliamos aqui em sua versão topo de linha, a Premium 1.6 automática. Equipada com o revestimento interno de couro e a central multimídia, o hatch chega às lojas por R$ 67.720.
Completando 5 anos de mercado, não é exagero dizer que o HB20 ainda se mantém atual. Com um projeto muito bem concebido, o HB20 ainda é muito competitivo dentro da categoria e, como se diz na gíria, ainda tem bastante lenha para queimar. Aprimorado ao longo de sua bem-sucedida trajetória no Brasil, vale destacar algumas evoluções relevantes que o HB20 recebeu como a chegada do câmbio automático de 6 marchas em 2015, que tornou o modelo mais competitivo e permitiu aproveitar bem mais seu eficiente motor 1.6 16V. A suspensão traseira, que insistia em alcançar o fim de curso com facilidade e tornava-se um pouco desconfortável para os passageiros, também foi revista pela Hyundai e as críticas foram sanadas.
É fato que a Hyundai chegou bem depois no segmento e se esforçou para entregar um carro bem melhor do que encontrávamos até então no segmento, tendo como referências modelos consagrados por aqui como o Volkswagen Gol e os Fiat Palio e Uno até a primeira década dos anos 2000. Em 2012, quando chegou às lojas, o HB20 estreava com um visual arrojado e cativante, acabamento e qualidade superior de montagem e bons motores 1.0 com 3 cilindros e o 1.6 16V, que registrou ótimos números de desempenho em conjunto com o câmbio manual à época. Também colaborou para o sucesso do HB20 atributos como os 5 anos de garantia e os preços competitivos no pós-vendas.
Em 2017, o HB20 já começa a dar sinais de que está na hora da Hyundai começar a se mexer e finalizar a segunda geração do modelo, que tem tudo para estrear por volta de 2020 finalizando um ciclo mais do que justo de 7 anos de vida para o HB20 atual.
Se o acabamento ainda está compatível com o que os rivais diretos oferecem hoje no mercado, questões como o espaço interno é um dos pontos em que o HB20 precisa evoluir. Ele até que acomoda 4 adultos com relativo conforto, mas essas mesmas pessoas seguramente se instalam com mais conforto a bordo de um Toyota Etios ou um Renault Sandero. Ainda pesa a favor do HB20 o bom porta-malas, um dos melhores do segmento, e que se aproxima em capacidade até mesmo ao de hatches médios como o Volkswagen Golf.
A cabine do HB20 ainda acerta muito bem na quantidade, tipo e distribuição dos porta-objetos e porta-copos, mas os plásticos utilizados poderiam ter um aspecto visual mais caprichado. As formas do painel causaram um bom efeito na época do lançamento, porém o excesso do arrojo é algo que tende a torna-se mais cansativo ao longo do tempo.
No que diz respeito à conectividade, algo que nenhum modelo mais pode ficar devendo independente da categoria, a central multimídia blueMedia cumpre o que se espera. Ela oferece suporte para os sistemas Apple CarPlay e Android Auto, tela sensível ao toque de 7” e aceita a reprodução de CDs, algo que está se tornando cada vez mais raro. Alguns podem questionar a falta do navegador integrado, mas em tempos de Waze e Google Maps, ninguém mais faz questão do recurso. A câmera de ré, contudo, é uma ausência sentida. Ao menos a versão Premium conta com sensor de estacionamento de série.
Pelos R$ 67.720, o HB20 Premium completo ainda conta com computador de bordo, rodas de liga leve aro 15”, acendimento automático dos faróis e ar-condicionado automático digital, recursos que colaboram para o bem-estar a bordo.
Um traço bem característico do HB20, peculiar aos modelos asiáticos, é o rodar bem sólido e confortável. O modelo já merecia uma direção com assistência elétrica no lugar da hidráulica, que inclusive facilita as manobras em áreas urbanas, mas o HB20 segue com seu comportamento neutro e a suspensão ligeiramente rígida, agradando quem gosta de um carro mais esportivo.
Se a gente colocar o HB20 avaliado aqui ao lado do rival Chevrolet Onix, o carro mais vendido do país tem um preço bem mais competitivo. Na versão LTZ automática, o Onix tem valor sugerido de R$ 60.950. Vale destacar que, assim como o HB20, o Onix LTZ por esse preço conta com câmbio automático de 6 marchas e central multimídia com tela de 7”, porém fica devendo equipamentos como o ar-condicionado automático digital, sensor crepuscular, dentre outros. O motor do Onix, nesse caso, é o 1.4 8V, que, apesar de econômico, fica devendo em desempenho para o 1.6 16V do HB20 em especial com o carro carregado.
Por R$ 2.530 a menos em relação ao HB20 Premium completo, você pode levar um bom meio-termo entre o Hyundai e o Chevrolet, no caso o Toyota Etios em sua versão topo de linha Platinum. Por R$ 65.190, o modelo conta com eficiente motor 1.5 16V que é capaz de compensar o fato do hatch contar com uma transmissão automática de apenas 4 marchas. Bem equipado, o modelo conta com revestimento interno de couro e ainda traz uma central multimídia bem completa, que conta com navegador integrado, câmera de ré, TV digital, DVD e Bluetooth. Com um rodar semelhante ao do HB20, o Etios ainda é beneficiado pelo custo de manutenção competitivo e a boa reputação da rede de concessionários da marca.
É inegável que o HB20 Premium conta com um bom conjunto, o que explica em grande parte seu sucesso no mercado. Hoje, contudo, você encontra opções tão interessantes quanto o Hyundai só que por um preço bem mais atraente, como é o caso do Etios Platinum. O HB20 segue amparado pela imagem consagrada da Hyundai no Brasil e os atributos de pós-venda, porém está na hora de uma reciclagem para o modelo, algo que lhe daria condições de talvez almejar uma surpreendente conquista do primeiro lugar no ranking de vendas.
Ficha técnica
Hyundai HB20 2017 Premium 1.6 16V flex automático 4p | |
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Preço | R$ NaN (09/2019) |
Categoria | Hatch compacto |
Vendas acumuladas neste ano | 86.571 unidades |
Motor | 4 cilindros, 1591 cm?/td> |
Potência | 122 cv a 6000 rpm (gasolina) |
Torque | 16 kgfm a 4500 rpm |
Dimensões | Comprimento 3,9 m, largura 1,68 m, altura 1,47 m, entreeixos 2,5 m |
Peso em ordem de marcha | 0 kg |
Tanque de combustível | 50 litros |
Caçamba | 0 litros |