Teste rápido com o BMW 428i Gran Coup?/h1>
Cup?de quatro portas esbanja beleza combinada com bom espaço interno e desempenho de esportivo por um preço de R$ 247.450
Não é sempre que a BMW acerta em suas criações exóticas. As versões meio cupê meio SUV como o Série 5 GT ainda causam um certo estranhamento na ruas, diferente do imenso X6, que caiu no gosto do público. Com as versões de quatro portas de seus cupês, a situação é mais tranquila: além de belos eles andam bem e ainda recebem melhor seus ocupantes.
É o caso do 428i Gran Coupé, um descendente longíquio do Série 3 cupê, e que custa aqui R$ 247.450. O modelo já começa impressionando pelo tamanho. Com mais de 2,8 m de entreeixos e um longo capô, o BMW parece maior do que é.
Chamam a atenção detalhes como as saídas de ar laterais em formato de ‘vírgula’, as enormes rodas aro 19 de perfil baixo e a inscrição ‘Gran Coupé’ ao lado da coluna C – ele pode ser parente do Série 3, mas realmente não parece.
Espaço que surpreende
Falar de cupê é quase sempre esperar por um cockpit exíguo, mas não é o caso do 428i. Além das quatro portas, que resolvem o problema de acesso ao banco traseiro, o BMW comporta bem quatro pessoas (duas crianças pequenas e seus assentos vão bem também) e o teto baixo não chega a incomodar.
Como quase todos os BMW, o Série 4 cupê ‘veste’ em você, com posição de dirigir precisa, volante de dimensões largas e pegada firme, mostradores voltados para o motorista. Também tradicional é a disposição clássica dos mostradores assim como do console central. O que remete ao futuro é a manopla do câmbio com seu design rebuscado, e a imensa tela da central multimídia, que mostra os mapas num tamanho mais adequado que o de outros carros semelhantes.
Comandar a central, no entanto, continua distante da naturalidade dos smartphones. É preciso estudar seus comandos para conseguir executar algumas funções básicas.
Acelerando sem perder o conforto
O motor do 428i é um 2.0 litros turbo com injeção direta e 245 cv de potência e quase 36 kg de torque. É força suficiente para alegrar a vida do dono, ainda mais que o câmbio automático de oito marchas sabe como usar esse potencial bem.
A suspensão é independente nas quatro rodas e seu ajuste mantém um certo nível de conforto que não costuma se ver nesse tipo de carro, normalmente vítima do péssimo asfalto das ruas brasileiras. Uma pena que o freio de estacionamento ainda seja manual, nada difícil para a BMW converter em elétrico, mas há quem ainda goste deles. Em compensação, lá está a tradicional tração traseira, sinônimo de diversão nos carros da marca alemã.
Dois em um
A maior virtude de um cupê de quatro portas está no papel de agente duplo: é um carro com carga esportiva acima da média, mas também cumpre bem o papel de um sedã e até de um modelo com alguma virtude familiar. E com a cereja do bolo: ser um belíssimo carro, sem dúvida.