Comenta o mercado de vendas de automóveis e tendências sustentáveis
Veja como o Honda City cresceu em 12 anos no Brasil
Sed?chega ?terceira geração nacional mais encorpado e sofisticado, mas ainda longe do Civic
Comente e compartilhe
Era julho de 2009 e a Honda havia decidido ampliar seu portfólio no Brasil. Em vez de alguma categoria inédita, a montadora optou por reforçar o segmento de sedãs com o City, um desdobramento do Fit focado em países em desenvolvimento.
Naquela época, a marca japonesa fazia sucesso com o New Civic, geração que rompeu com o ar sonolento dos sedãs e roubou até mercado de hatches médios. Portanto, o City seria também uma resposta aos consumidores mais conservadores e que não haviam se interessado pelas ousadias do irmão maior.
Desde aquele tempo, a Honda já flertava com a ideia de tornar o City um modelo para ocupar parte do espaço do Civic, mas somente agora, 12 anos depois, o sedã recebeu essa árdua tarefa, ao menos nas versões de entrada.
Após lançar uma segunda geração por aqui no final de 2014, a Honda acaba de lançar a 3ª geração no Brasil, um carro mais sofisticado, espaçoso e ágil, como AUTOO mostrou na semana passada.
Mas fica a pergunta: quanto o City evoluiu nesse período?
Em termos físicos, pouca coisa. Entre o primeiro e o atual City, houve sobretudo uma expansão lateral, com uma largura que pulou de 1,70 m para 1,75 m. O sedã também está ligeiramente mais longo e mais baixo enquanto o entreeixos de 2,6 m foi preservador em relação ao modelo intermediário.
O Honda também conseguiu manter-se numa faixa de peso semelhante nesse tempo todo. Se o EXL de 2009 media 1.137 kg na balança, o Touring 2022 só é 43 kg mais pesado.
Outro ponto, no entanto, acabou retrocedendo. Uma das propostas originais do City era o porta-malas bastante espaçoso, de 506 litros. A segunda geração nacional ampliou esse volume para 536 litros, mas agora o sedã perdeu um pouco de espaço, com 519 litros. Vale dizer que ele permanece entre os melhores da categoria, sem comprometer a estética.
2010 | 2016 | 2022 | Civic | |
---|---|---|---|---|
Comprimento | 4,4 m | 4,455 m | 4,549 m | 4,637 m |
Largura | 1,695 m | 1,695 m | 1,748 m | 1,799 m |
Altura | 1,48 m | 1,485 m | 1,477 m | 1,433 m |
Entreeixos | 2,55 m | 2,6 m | 2,6 m | 2,7 m |
Peso em ordem de marcha | 1137 kg | 1125 kg | 1170 kg | 1290 kg |
Potência | 116 cv a 6000 rpm | 116 cv a 6000 rpm | 126 cv a 6200 rpm | 155 cv a 6300 rpm |
Torque | 14,8 kgfm a 4800 rpm | 15,3 kgfm a 4800 rpm | 15,8 kgfm a 4600 rpm | 19,5 kgfm a 4800 rpm |
Porta-malas | 506 litros | 536 litros | 519 litros | 519 litros |
Rodas | Aro 16 pol | Aro 16 pol | Aro 16 pol | Aro 17 pol |
A parte mecânica teve pequenas mas positivas mudanças, embora mantendo um motor 1.5 litro. Mas ele agora rende 126 cv, 10 cv a mais que há 12 anos, além de ser mais econômico e de respostas mais ágeis, graças à injeção direta.
A transmissão, por sua vez, é do tipo CVT, como na geração do meio – originalmente o City tinha câmbio automático convencional.
À parte isso, o sedã compacto mostra-se ainda distante do Civic, um carro maior, mais potente e refinado, com direito à suspensão independente nas quatro rodas, por exemplo. Mas como o segmento médio está em extinção (ou quase isso), não será surpresa se o novo City viver seu melhor momento no país. Até hoje, o ano mais promissor para o modelo foi o de 2010, portanto, há muito tempo.
Comente e compartilhe
Veja outras colunas
Em apuros, Nissan corta empregos e vende participação na Mitsubishi
13/11/2024 07h30Fabricante japonesa, no entanto, viu ações subirem nesta semana após fundo de investimento adquirir ações da empresa
Carros elétricos crescem no Brasil, mas mercado ?quase 60 vezes menor que nos EUA
12/11/2024 12h20Pouco mais de 6 mil veículos a bateria foram emplacados em outubro enquanto norte-americanos compraram quase 350 mil unidades em setembro
Stellantis usa tática 'Verstappen' e Compass segue ?frente do Corolla Cross nas vendas
08/11/2024 12h34Jeep sacou emplacamentos de última hora, interrompendo aproximação do Toyota, que poderia assumir a liderança em 2024