Veja quais montadoras realmente cresceram em 2011
Apesar de várias marcas anunciarem recordes no ano passado, nem todas aumentaram sua participação no mercado
O número de vendas de automóveis vem crescendo sem parar nos últimos anos. Em 2011, por exemplo, o mercado teve um aumento de 3,36%, número que só não foi maior por conta da confusão causada pelo aumento do IPI para importados e pela restrição ao crédito, principal fonte dessa expansão.
É comum usar esses números positivos em campanhas ou comunicados de imprensa, exaltando recordes e frases do tipo “nunca antes na história ter chegado a tal número”. O AUTOO, no entanto, levantou os dados de 2011 e revela que “nem tudo que reluz é ouro”.
Quem mais perdeu | |||
Marca | 2011 | 2010 |
variação
|
Honda | 92.901 | 126.439 |
-26,5%
|
Ford | 314.028 | 336.297 |
-6,6%
|
Peugeot | 85.819 | 90.326 |
-5,0%
|
Chevrolet | 632.255 | 657.707 |
-3,9%
|
Fiat | 754.095 | 760.487 |
-0,8%
|
Toyota | 99.225 | 99.576 |
-0,4%
|
Volkswagen | 698.402 | 697.355 |
0,2%
|
Vamos começar de baixo. Você pode ser a marca que mais vendeu no Brasil durante o ano, porém, se a participação ficou abaixo dos 3,36%, desculpe, você perdeu parte do mercado. Vamos usar a Fiat como exemplo. Ela foi a montadora que mais vendeu em 2011, com um total de 754.095 unidades emplacadas. Porém, em 2010 este número foi de 760.487 carros. Ou seja: uma queda de 0,84% que a fez perder quase 1% da sua fatia.
Quer um número mais expressivo? Veja a situação da Ford: em 2010 foram 336.297 veículos comercializados. Porém, uma queda para 314.028 emplacamentos em 2011 fez com que a marca americana caísse dolorosos 6,62% de um ano para outro.
Outra marca que merece ser estudada com cuidado é a Honda. Devido aos problemas naturais que abalaram a economia japonesa, ela teve uma queda de 26,53%, a maior do mercado nacional em 2011. Foram 92.901 carros vendidos contra 126.439 em 2010.
Então, quem realmente se deu bem?
Existem dois tipos de marcas que merecem ser destacadas: as nacionais e as importadas. Das fabricantes que possuem fábricas no Brasil, os grandes destaques são a Nissan e Renault. A representante nipônica teve um crescimento de 87,51% e vendeu 35.874 carros em 2010, enquanto que em 2011 foram 67.268.
Quem mais cresceu | |||
Marca | 2011 | 2010 |
variação
|
JAC | 23.725 | 2 |
-
|
Chery | 21.669 | 7.008 |
209,2%
|
Volvo | 5.206 | 2.178 |
139,0%
|
Effa | 9.155 | 4.379 |
109,1%
|
Hafei | 8.273 | 4.208 |
96,6%
|
Nissan | 67.268 | 35.874 |
87,5%
|
Audi | 5.461 | 3.266 |
67,2%
|
Suzuki | 7.382 | 4.569 |
61,6%
|
Land Rover | 8.181 | 5.208 |
57,1%
|
Kia | 77.194 | 54.471 |
41,7%
|
BMW | 11.921 | 8.455 |
41,0%
|
Mitsubishi | 55.533 | 44.608 |
24,5%
|
Renault | 194.294 | 160.299 |
21,2%
|
Mercedes-Benz | 15.467 | 13.036 |
18,6%
|
Hyundai | 114.927 | 106.012 |
8,4%
|
Citroën | 90.043 | 84.057 |
7,1%
|
A Renault também se garantiu e subiu 21,21%. Uma das grandes explicações para o aumento na participação nacional dessas fabricantes é o aumento de lançamentos na gama de carros e renovação de produtos comercializados anteriormente.
Campeãs importadas
As marcas chinesas fizeram de 2011 um ano de crescimento e ascensão no Brasil. A Chery e a Effa, por exemplo, cresceram 209,2% e 109,07% respectivamente. Entre as marcas premium a Land Rover também merece destaque: foram 8.181 carros vendidos em 2011, 2.973 a mais do que em 2010. A Audi também aumentou as vendas com um aumento de 67,2%, com 5.461 emplacamentos em 2011.
Por fim, a JAC estreou em 2011 no Brasil e já em seu primeiro abocanhou 0,65%. Parece pouco, mas cada ponto percentual equivale 36 mil unidades vendidas por ano, o mesmo que vendeu sozinho o Hyundai i30, hatch médio que lidera seu segmento.