Volkswagen vai relançar SUV histórico nos EUA como modelo elétrico
Grupo alemão anuncia decisão de reviver marca Scout e promete também picape elétrica
Comente e compartilhe
O International Scout pode não ser tão conhecido no Brasil, mas o modelo produzido por cerca de 20 anos, entre 1960 e 1980, foi um dos precursores dos SUVs modernos.
Projetado pela International Harvester como uma alternativa capaz de oferecer mais conforto em relação ao Jeep CJ, preservando a robustez off-road, o Scout contou com uma excelente aceitação à época e foi a inspiração para modelos como o Ford Bronco, lançado cinco anos depois.
Até hoje é possível dizer que o modelo da International lançou as bases para os utilitários esportivos que hoje fazem tanto sucesso hoje em dia ao redor do mundo.
Voltando aos tempos atuais, o Grupo Volkswagen oficializou nesta quarta-feira (11) que vai reviver o nome Scout em uma tentativa de incrementar suas operações nos EUA. O conglomerado alemão passou a ter direito sobre a marca em 2021 com a aquisição da Navistar International pela Traton.
Segundo as primeiras informações da companhia alemã, a Scout será "uma marca separada dentro do Grupo Volkswagen, gerida de forma independente e atuando como uma unidade própria". A marca, obviamente, vai se beneficiar de tecnologias e plataformas da Volkswagen para desenvolver seus futuros modelos.
O time da Scout terá liberdade para criar e desenvolver, incialmente, dois produtos. Um deles será um SUV robusto (rugged SUV ou R-SUV), provavelmente com estilo semelhante ao Ford Bronco e o Jeep Wrangler, acompanhado por uma picape.
Ambos terão propulsão exclusivamente elétrica e serão produzidos nos EUA a partir de 2026. O grupo alemão antecipa que os primeiros protótipos da nova gama Scout serão revelados ao longo do ano que vem.
Com a iniciativa, o Grupo Volkswagen espera pegar carona na notável procura que a releitura do Ford Bronco obteve desde sua estreia, demonstrando que o público norte-americano tem muito interesse em veículos de apelo robusto.
Outro ponto é que, com a nova gama Scout, a Volkswagen espera ampliar sua participação de mercado em categorias de grande relevância nos EUA e onde a marca hoje não conta com representantes de alto volume, o que particularmente ocorre entre as picapes.
"O sucesso nos segmentos R-SUV e de picapes será uma alavanca fundamental para aumentar a lucratividade nos EUA e alcançar a participação de mercado almejada de dez por cento", revelou a companhia alemã em seu comunicado.
Segundo apurações extraoficiais da imprensa norte-americana, o Grupo Volkswagen estaria disposto a investir em torno de US$ 1 bilhão no projeto Scout, com a meta de vender algo em torno de 250 mil unidades/ano dos dois modelos inéditos.