Voyage e Ka Sedan reforçam a importância do câmbio automático
Transmissão, que passou a figurar nos modelos recentemente, j?apresenta boa procura
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A procura dos brasileiros por câmbio automático já deixou de figurar como uma tendência e passa a se consolidar como um dos desejos do público na hora de adquirir seu próximo carro.
Em que pese a demanda cada vez mais relevante do público PcD (Pessoas com Deficiência) que realizam a compra com isenção e precisam de um carro automático, essa transmissão já domina alguns segmentos como é o caso dos sedãs médios e SUVs compactos, onde versões manuais desses carros passam a ter uma participação ínfima nas vendas.
Essa migração dos brasileiros para o câmbio automático pode até ser notada nos segmentos de entrada, os famosos “carros populares”.
O Autoo analisou a participação das recém-lançadas versões automáticas nas linhas Ford Ka e Ka Sedan bem como na gama VW Gol e Voyage e o resultado é surpreendente.
É claro que no caso dos hatchbacks, a demanda maior recai para as versões com motorização 1.0, porém existem casos de destacada relevância do câmbio automático. Um exemplo é o Ka FreeStyle. Em setembro, todas as 519 unidades emplacadas da versão contavam somente com a transmissão automática. Se isolarmos os números de vendas da linha Ka hatchback em setembro – e incluindo, portanto, o Ka FreeStyle – constatamos que as versões automáticas respondem por 14,2% dos emplacamentos do hatch. Além do Ka FreeStyle, a conta engloba as versões SE, SE Plus e Titanium, sempre com o motor 1.5 e a caixa de 6 marchas.
No caso do Ka Sedan, como era esperado, a chegada do câmbio automático fez bem ao modelo. No três volumes, a participação da transmissão de 6 marchas já responde por 23,9% das vendas. Assim como o hatch, consideramos as versões do Ka Sedan que podem receber o motor 1.5 e a caixa automática, portanto as opções SE, SE Plus e Titanium.
Partindo para a linha Volkswagen Gol, modelo que tem um perfil mais racional e parte das vendas destinadas sobretudo aos clientes corporativos onde o menor preço da versão 1.0 é algo decisivo, mesmo assim é possível notar uma boa procura para a configuração formada pelo motor 1.6 16V e a transmissão automática de 6 marchas, mesmo conjunto que também figura no Polo intermediário. No caso do Gol, a recém-lançada configuração automática respondeu por 4,89% das vendas do modelo em setembro.
No sedã compacto Voyage, a participação do câmbio automático já é bem maior. Basta dizer que foram emplacadas em setembro 446 unidades da versão 1.6 automática, número bem superior até mesmo às 130 unidades da opção de entrada 1.0. No Voyage, a opção automática responde por 16,1% das vendas, enquanto o 1.6 manual segue na dianteira da preferência do público, tendo registrado, no período, 2.179 emplacamentos.
Outro ponto que a dupla Gol e Voyage nos mostra é a clara migração de quem até então utilizava câmbios automatizados em seus modelos de entrada para caixas automáticas convencionais, que entregam muito mais conforto ao rodar e suavidade na operação. Os modelos da Volkswagen chegaram a contar com a caixa ASG nas versões I-Motion, mas a procura era muito baixa. Outros modelos, como os Fiat Argo e Cronos, também deverão seguir na mesma linha em breve.
Fato é que os números da procura pelo câmbio automático em Gol/Voyage e no Ka/Ka Sedan deixam claro que esse tipo de transmissão chegou para ficar no mercado automotivo brasileiro. Independente de qual segmento for.
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O "Guru dos Carros", César Tizo se juntou ao time este ano e est??frente dos portais AUTOO e MOTOO. ?o expert em aconselhar a compra de automóveis