Novo Tiguan R-Line: mexicanos avaliam SUV que chega aqui em 2022
Modelo retorna ao Brasil com leve reestilização e preserva virtudes como desempenho e espaço interno
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Parece que o Volkswagen Tiguan Allspace saiu de cena em um momento estratégico no Brasil. Afinal de contas, o modelo enfrentaria a forte concorrência do Jeep Commander, que há poucos meses estreou com a missão de incomodar o Toyota SW4.
Mas engana-se quem pensa que o Tiguan Allspace não voltará mais ao país. O modelo retorna às concessionárias em 2022, já com uma atualização no visual que o deixou alinhado com a identidade visual adotada nos lançamentos mais recentes da VW na Europa.
Enquanto isso não acontece, os colegas do já deram suas impressões ao volante do SUV.
Tapa no visual
Por ser uma atualização de meia vida, o Tiguan Allspace recebeu apenas mudanças estéticas. Sendo assim, nada muda no projeto baseado na plataforma MQB, empregada em diversos modelos da marca.
As alterações mais impactantes foram feitas na dianteira, onde o Tiguan ganhou traços mais suaves e modernos. Em vez dos faróis quadrados, o carro ostenta um conjunto óptico afilado - e bem parecido com o da oitava geração do Golf.
Como na maioria dos facelifts, os para-choques também foram redesenhados - e, neste caso, ganharam tomadas de ar maiores na versão R-Line. As rodas de liga leve são de 19 polegadas e trazem pintura na cor preta.
Atrás, as lanternas são as mesmas e apenas o logotipo com o nome do veículo foi movido para o centro da tampa do porta-malas, logo abaixo do símbolo da Volkswagen.
As mudanças também foram pontuais do lado de dentro. O volante de três raios é o mesmo do Nivus, enquanto a central multimídia tem tela de 8 polegadas e botões físicos para acessar as funções mais importantes. É possível, porém, que as unidades trazidas para cá utilizem o sistema de entretenimento VW Play, que possui tela de 10,1 polegadas e uma interface mais intuitiva.
Já os comandos do ar-condicionado digital foram remodelados e a tendência é que também sejam adotados nas versões mais caras do resto da gama de SUVs da Volkswagen. Todo o resto permanece sem alterações, incluindo o acabamento que combina revestimento em couro sintético com plásticos duros pela cabine.
Lista de equipamentos agrada
Na configuração mais cara, o SUV vem com itens como ar-condicionado digital com três zonas de temperatura (e comandos táteis, que dificulta a regulagem da temperatura desejada), painel de instrumentos digital, sistema de som com oito alto-falantes e entradas USB do tipo C, freio de estacionamento elétrico, assistente de partida em rampas, teto solar panorâmico, iluminação ambiente e bancos dianteiros com regulagens elétricas e ventilação.
O Motorpasion destaca a segurança como um dos pontos fortes do SUV. Todas as versões do Tiguan trazem 6 airbags, piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, sensor de pontos cegos, câmera de ré e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
“Para tirar nota 10 faltou apenas o assistente de permanência em faixa de rolagem, mas o que é oferecido pela VW é mais do que ideal”, escreveram os mexicanos.
Menos potente
No mercado mexicano, o Tiguan Allspace é vendido na configuração de sete lugares apenas na versão Comfortline. Por aqui, a tendência é que o SUV seja trazido na versão R-Line e com espaço para sete passageiros.
O motor 2.0 TSI entrega no país norte-americano 182 cv e torque máximo de 32,6 kgfm. Ainda não sabemos se essa será a configuração escolhida para cá, mas a tendência é que o conjunto seja o mesmo do ‘antigo’ Allspace. Caso isso se confirme, o SUV terá 220 cv e 35,7 kgfm de torque máximo.
O Tiguan mexicano tem uma transmissão automatizada de dupla embreagem com 7 velocidades, que deve ser mantida nas unidades vendidas no Brasil, assim como a tração integral 4Motion oferecida apenas na versão R-Line.
Mesmo com potência e torque menores, o SUV “tem respostas nitidamente mais rápidas do que as do modelo 1.4 e pouco se nota o turbo lag”, de acordo com os jornalistas. “É bom ressaltar que não se trata de um esportivo, mas é muito mais ágil do que o 1.4 TSI”.
SUV família
O Motorpasion também afirmou que, apesar da pegada esportiva da versão R-Line, o modelo não esconde sua vocação mais familiar.
“A suspensão deixa claro que o Tiguan é um carro essencialmente voltado para a família, ainda que transmita bastante confiança e estabilidade, além de uma calibragem que entrega solidez ao volante. A carroceria se inclina levemente nas curvas rápidas, mas a condução é extremamente suave e sem vibrações, fazendo com que ele seja aprovado em todas as provas de conforto possíveis”.
Mesmo assim, a tração integral realiza um trabalho muito competente. “Você pode acelerar um pouco antes de sair de uma curva sem sustos”, observaram os jornalistas.
O ponto negativo está no consumo, já que o Tiguan é um carro pesado (são quase 2 toneladas). “A média urbana em meio aos congestionamentos gira em torno de 6 km/l, enquanto nos dias mais tranquilos o normal é obter algo entre 8 e 9 km/l”.
Preço é principal ‘defeito’
Lá como cá, o preço salgado é o principal problema do Tiguan R-Line. A versão custa pouco mais de 762 mil pesos mexicanos, ou aproximadamente R$ 208 mil em conversão direta. Por aqui, a tendência é que o modelo não chegue por menos de R$ 250 mil.
Para os colegas do Motorpasion, o SUV é uma opção interessante para quem “costuma rodar com frequência em estradas, vive em áreas com áreas que podem ser complicadas na época de chuvas, não quer andar em um carro chamativo e não necessariamente precisa do espaço de uma picape média”.
“Neste cenário, o Tiguan faz bastante sentido por conta da tração integral, pelo motor turbo, pelo bom nível de equipamentos e até por causa do porte”, concluíram os mexicanos.